O número de municípios que adotam mecanismos de coleta seletiva de lixo aumentou 38% entre 2004 e 2006. É o que mostra a pesquisa do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). Segundo o levantamento, em 2006, 327 municípios adotavam a coleta seletiva de lixo; em 2004, eram 237.
O estudo, apresentado a cada dois anos, é usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como fonte da publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustentável.
De acordo com o diretor-executivo do Cempre, André Villhena, atualmente 25 milhões de pessoas são atendidas por programas de coleta de lixo seletiva, um número cinco vezes maior ao de 2004.
Ele informou que a pesquisa aponta que pelo menos seis municípios brasileiros já conseguiram estender o serviço a 100% da população: Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Itabira (MG), São Sebastião (SP), Santos (SP) e Santo André (SP).
O aumento das parcerias entre prefeituras e catadores de lixo foi um dos principais fatores do crescimento, segundo Villhena. Ele disse que, atualmente, 43,5% da coleta de lixo no país é feita por meio dessa forma.
“Na pesquisa anterior esse número era tão pequeno que nem era usado no levantamento. Mas os municípios começaram a perceber que a parceria era uma ótima forma de baratear os custos do processo”.
Segundo ele, a “consciência” que algumas prefeituras passaram a ter sobre a economia com a redução de resíduos enviados para aterros sanitários, além da geração de postos de trabalho para os catadores, também foram fatores “essenciais” para esse processo.