O major da Polícia Militar e diretor da escola Estadual Tiradentes cabo Israel Wesley Prado de Almeida, em Juara (300 quilômetros de Sinop), Félix Júnior, disse, em entrevista, ao Só Notícias, que o credenciamento está em fase de conclusão e negou qualquer tipo de irregularidade na documentação para não ocorrer a autorização de funcionamento. “Criar a escola cabe ao governo do Estado que tem até 180 dias para reverter os documentos ao conselho estadual. A nossa unidade está regular e já recebemos até verba do governo federal. Essa situação é só uma parte burocrática que precisa ser definida. Foram feitas algumas diligências na escola, no ano passado. Porém, como ocorreu o recesso acabou não votando nosso processo [de credenciamento]. A previsão é que este mês seja votado o processo da escola”, explicou Júnior.
Ainda de acordo com o major, a equipe do setor técnica já avaliou o processo e deu parecer favorável. “No começo do ano passado, deram parecer favorável. Porém, uma conselheira pediu vista e estamos aguardando agora essa análise. Pediram algumas informações e nós já atendemos”.
Referente aos alunos que estão tendo transtornos com matrículas indeferidas, em especial nos estabelecimentos de ensino superior, está sendo proposta judicialização para garantia de direito. “Sabemos que prejuízo é grande e temos tentado sensibilizar o conselho para resolver logo essa situação. Porém, queremos deixar claro que não existe, em hipótese alguma, questionamento no estudo que foi feito na escola. É apenas uma questão burocrática e será regularizado. Algumas faculdades estão aceitando aguardar o histórico escolar. Já as outras que não aceitam, estamos propondo judicialização para não prejudicar os alunos que concluíram o ensino médio”.
Conforme Só Notícias já informou, a 1ª promotoria de justiça cível de Juara abriu inquérito civil público para investigar negligência no processo de credenciamento e autorização escola militar, que está em funcionamento irregular há mais de ano. Diversos alunos concluíram o ensino médio no ano passado, outros foram transferidos de estabelecimento de ensino, mas não conseguem regularizar as respectivas matrículas em razão da ausência de emissão de histórico escolar da escola de origem, que não está credenciada e autorizada a funcionar perante secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc).
Segundo o documento, desde 2017 quando foi inaugurada em parceria entre Seduc, secretaria de Estado de Segurança Pública e prefeitura de Juara, os processos estão no Conselho Estadual de Educação e que atualmente aguarda voto de uma conselheira para a conclusão dos trabalhos de credenciamento e autorização.
A unidade atende mais de 140 alunos dos ensinos fundamental e médio, em dois turnos.
