O pró-reitor do campus de Sinop, Roberto Carlos Beber, confirmou, ao Só Notícias, que as reduções por parte do governo federal no orçamento da Universidade Federal de Mato Grosso tem afetado o campus. A preocupação é ainda maior com relação ao orçamento para o próximo ano. “Ainda não sabemos como vai ser, se só vai ter orçamento para consumo ou ter liberação de recursos para obras também. Neste ano tivemos uma redução de 40% para investimentos e 20% no consumo, que são as despesas do dia a dia. Com isso, foi preciso reduzir custos e pessoas que fazem a limpeza, segurança e manutenções no prédio. Estamos apreensivos em relação a 2018”, declarou.
Em Sinop são 11 cursos e cerca de 3.197 alunos na graduação e 200 na pós-graduação. Segundo o pró-reitor, os cortes vão impactar todos as áreas. “Ainda não está bem definido se teremos recursos para compra de equipamentos e obras. Temos vários projetos alguns em andamento desde 2011, como o Centro Ciências Farmacêuticas, laboratórios de engenharia agrícola ambiental e as salas de tutorias de medicina, que já deveriam ter sido entregues, mas por conta das reduções dos recursos, diminuímos o ritimo das obras e ainda não foram concluídas. Isso não afeta só os cursos citados, como os laboratórios são multiuso afeta todos os estudantes”, acrescentou.
O pró-reitor ressalta ainda que além dos cortes, tem recursos deste ano que ainda não foram liberados. “Uma outra preocupação é que em 13 outubro fecha o ano financeiro de 2017 e nós ainda não recebemos todo o valor. Já em relação ao próximo ano, até agora, só abriu para consumo, não tem a parte de investimentos ainda, mas tem o prazo para até o final do ano para ser fechada”, finalizou.
Estudos realizados pela pró-reitoria de Planejamento (Proplan) informou em nota divulgada ontem, que 2014 para cá, em termos orçamentários, a UFMT perdeu 50% dos recursos de capital (para obras e aquisição de equipamentos) e 20% dos recursos de custeio (manutenção, despesas básicas) sem contar a inflação.
Ainda segundo a administração, duas medidas emergências podem ser tomadas. A primeira conseguir que os Ministérios da Educação e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão liberem integralmente os recursos de 2017 e depois aprovar para 2018, um orçamento que recomponha os valores de 2015 e 2016, no mínimo corrigidos pela inflação.