O corpo do padre Balduino Loebens, 73 anos, foi localizado, ontem à noite, no rio Juruena, próximo ao município de Castanheira, a cerca de sete quilômetros do local onde seu barco foi encontrado. Foram os indígenas que o encontraram. O sacerdote estava desaparecido desde o último domingo, quando saiu para visitar uma aldeia mas não chegou. Bombeiros acreditam que ele pode ter passado mal e caído do barco. Equipes de bombeiros, índios e voluntários estavam realizando as buscas.
O corpo está sendo velado na catedral em Juína. Por volta das 14h será feita uma homenagem pelos índios e, às 15h, será celebrada uma missa pelo bispo da diocese. O sepultamento está previsto para às 16h no município.
A paróquia Sagrado Coração de Jesus divulgou nota lamentando a morte do sacerdorte." O Rio Juruena, onde por tantos anos o padre Balduíno navegou levando vida, esperança, apoio e a alegria do Evangelho, se torna a àgua do seu novo nascimento – o nascimento para a vida eterna. Deus o receba na Vida Eterna e lhe conceda a Paz e o descanso!".
Catarinense, o padre era um missionário jesuíta que atuou por cerca de 40 anos na região de Fontanillas (distrito de Juína) atendendo nas aldeias da etnia Rikbaktsa. Ele é um dos sacerdortes que mais envagelizou indígenas e por mais tempo atuou nas mais distantes tribos em Mato Grosso. Além de Balduíno, outro jesuíta, padre Claudio, que evangeliza índios na região de Juara.
A maioria dos povos indígenas da região de Juína tinha muito carinho por padre Balduíno, que também era muito conhecido pelo atendimento na pastoral da saúde com remédios homeopáticos. Foi ordenado em 1972 e, desde então, dedicou a vida para evangelizar e cuidar dos mais carentes principalmente indígenas.
(Atualizada às 09:01h)