Os dados do Relatório de Ações de Resposta aos Incêndios Florestais, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, apontou que mais de 30% dos focos de calor registrados em Mato Grosso se concentravam em terras indígenas, entre 1º de julho o último domingo (25). Outros 62,4% são em propriedades particulares, enquanto 7% estão em unidades de conservação estaduais.
“Combatemos incêndios em áreas do Estado e também prestamos apoio ao governo federal em áreas da união quando somos solicitados. Sempre ressaltamos a importância da integração, principalmente em grandes incêndios, mas é fundamental que as ações de combate ao fogo sejam feitas pelos órgãos competentes de cada área. Isso garante um alocamento melhor de equipes, garantindo um combate ainda mais eficiente aos incêndios”, disse o comandante-geral dos Bombeiros, Flavio Gledson, através da assessoria.
O relatório também aponta que 33,7% das Terras Indígenas mato-grossenses estão sob chamas, enquanto 33,3% das Unidades de Conservação Federais estão com incêndios sendo combatidos. Apenas 8,6% das Unidades de Conservação Estaduais estão sob ameaça de incêndios, que estão sendo combatidos pelo Corpo de Bombeiros.
Somente hoje, os bombeiros informam que mais de 190 bombeiros militares combatem 39 incêndios em vegetação. Destes, 87 atuam em três frentes de incêndio no Pantanal, enquanto 103 estão distribuídos em 27 cidades mato-grossenses.
No Pantanal mato-grossense, as ações de combate são em três frentes de incêndio, sendo eles: Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço; divisa de Cáceres com a Bolívia; e na região da Fazenda Cambarazinho, em Poconé.
Já os demais incêndios são em Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Rosário Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Rondonópolis, Paranatinga, Sinop, União do Sul, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Alto Paraguai, São José do Rio Claro, Nova Maringá, Confresa, Novo Santo Antônio, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade, Mirassol D’Oeste, Jauru, Aripuanã, Juara, Apiacás, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Marcelândia e Peixoto de Azevedo.
Todos estes incêndios, além das ações de combate, são monitorados por satélites de alta tecnologia pelo Batalhão de Emergências Ambientais e pelas Salas de Situação Descentralizadas. O monitoramento garante análise da expansão e comportamento do fogo, como também auxilia na orientação das equipes em campo.
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