A Controladoria Geral do Estado (CGE-MT) e a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) trabalham no desenvolvimento de módulo no Monitoramento Inteligente de Riscos e Auditoria (MIRA) para ampliar a gestão estratégica de políticas públicas.
Segundo o superintendente de Estatística, Indicadores e Gestão da Informação da Seplan, Paulo Cézar de Souza, a ideia é que o módulo otimize inicialmente a gestão estratégica de medicamentos e geo-obras, já que o MIRA possibilita o acompanhamento em tempo real de temas do Poder Executivo Estadual.
O coordenador de Diagnóstico e Inteligência da CGE, Anderlei Barbosa, explica que os trabalhos estão em andamento, cabendo à Controladoria desenvolver o módulo com base na modelagem de negócio (medicamentos e geo-obras) definida pela Seplan. Os trabalhos devem ser concluídos em janeiro/2016 para disponibilização de acesso aos técnicos da Seplan.
O MIRA é uma unidade da CGE de produção de informações estratégicas apoiada em tecnologia da informação e inteligência de negócios para monitorar em tempo real temas sensíveis à administração pública, como folha de pagamento, despesas com custeio, receita pública, incentivos fiscais, evolução patrimonial dos servidores, entre outros.
Concebido inicialmente para uso restrito dos auditores do Estado, o MIRA já vem sendo utilizado pelo governador Pedro Taques e por secretários de Estado. A ideia é auxiliá-los no entendimento de cenários e na tomada de decisões estratégicas.
O MIRA reúne informações dos sistemas corporativos informatizados do Poder Executivo Estadual e do banco de dados de outros Poderes e esferas públicas, como da União e do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Para a CGE, a sistemática objetiva a percepção de riscos e a definição de controles que assegurem a economicidade e a eficiência na aplicação dos recursos públicos, bem como potencializem o grau de confiança da população e dos investidores no Governo do Estado.
A unidade viabiliza aos auditores do Estado: cruzamento das informações (trilhas de auditoria), painéis de comportamento de situações sensíveis no exato momento em que ocorrem e expedição de boletins e recomendações técnicas automáticas aos gestores das secretarias.
Do cruzamento dos dados, é possível ampliar a identificação de comportamento incomum e tendência crítica pela geração de alertas automáticos aos gestores e para motivar ações de controle e de auditoria preventivas da CGE junto às secretarias e entidades.
O projeto MIRA teve como principal ferramenta um software de código livre (licenciamento gratuito), ou seja, independente e sem custos para o Estado.