Mesmo depois do governador Silval Barbosa (PMDB) ter confirmado pela primeira vez, ontem, que a principal obra de mobilidade urbana para a Copa do Mundo, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), deve ter apenas a linha 1, Aeroporto-CPA, pronta para o Mundial que ocorrerá em junho de 2014, o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande diz em nota que tem, dentro das frentes de obras liberadas, trabalhado para que os prazos contratuais sejam cumpridos.
Até então, o governador e o secretário da Copa, Maurício Guimarães, batiam o pé para afirmar que o modal seria inaugurado em março, prazo dado pelo Consórcio VLT-Cuiabá. Durante coletiva à imprensa, o governador admitiu que as obras não estarão 100% prontas para receber o Mundial, e anunciou que a previsão é de que apenas o trecho Aeroporto-CPA, chamado de linha 1, esteja concluído.
O anúncio foi realizado durante coletiva após vistoria da Comissão do Senado de Acompanhamento das Obras da Copa. Contudo, o governador garantiu que esta é uma questão de governo, que não envolve a Fifa, e que as obras irão prosseguir pós-Copa.
Os senadores também se comprometeram a vistoriar as obras após a conclusão da Copa de 2014, demonstrando que atuarão em prol da população, para cobrar o fim das obras do VLT para a população.
Emblemática, a obra do VLT orçada em R$1,477 bi, é a maior para a Copa do Mundo, e esteve envolta de polêmicas, desde denúncia de superfaturamento e "cartas marcadas", até judicialização da obra, que chegou a ser embargada no início das mesmas, ainda em 2011. Efetivamente, o VLT começou as obras em Cuiabá e Várzea Grande em 2012.
As obras foram suspensas após ação do Ministério Público Estadual e Federal, cujas ações ainda tramitam na justiça, sem desfecho. O impasse era sobre o valor global da obra que foi escolhida em detrimento do Bus Rapid Transit (BRT), que custaria cerca de R$300 milhões, valor que seria 4 vezes menor que o do VLT. (Colaborou Marianna Marimon)