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Conselho de Odontologia em MT reforça campanha para ajudar menino de 3 anos com câncer raro

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O Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO) passou a fortalecer a campanha criada pela família de um menino, de 3 anos, que tem um tipo de câncer extremamente agressivo e só pode ser tratado nos Estados Unidos. Ele vive com os pais, no Espírito Santo, e tem familiares em Nova Ubiratã, no Nortão. O garoto foi inicialmente diagnosticado como um tumor cerebelar, chamado de tumor ectodérmico primitivo de alto grau de malignidade. A raridade dele é que ele não se enquadra em nenhum tipo desse tumor; a identificação parcial foi feita no Brasil e, após essa identificação, o material foi enviado aos EUA para que lá fosse feita classificação molecular, onde o tumor foi denominado B-Cor; essa denominação foi descrita em literatura médica apenas em 2016.

De acordo com o pai, o médico Renato Fabris, o tratamento do filho é longo, complexo e requer alto investimento financeiro – cerca de 300 mil dólares – mais de R$ 900 mil. “Isso nos forçou a optar pelo financiamento coletivo”, explica Fabris. Em entrevista concedida a uma publicação especializada em saúde, o médico esclarece o motivo pelo qual a família resolveu divulgar o caso de João. Para tal, criaram uma página no Facebook chamada "Save João". Pela rede social, os familiares também fazem atualizações frequentes sobre o estado de saúde do menino.

A criança tem um câncer nunca antes conhecido pela ciência e extremamente agressivo. A família recebeu a notícia do diagnóstico em junho de 2016, quando foi descoberto o tumor no cérebro da criança. Foi identificado que havia algo com a saúde do menino quando ele começou a ficar cansado e com náuseas com frequência. Após uma ressonância, foi identificado que estava com câncer. Foi então submetido a um tratamento tão agressivo quanto o câncer: ele recebeu as medicações mais fortes que existem, foram três ciclos de quimioterapia e um transplante de medula autólogo – procedimento onde a medula do paciente é coletada e, depois do tratamento, ele recebe a medula de volta. Esse método apaga todo o sistema imunológico da criança, fazendo com que ela fique sem imunidade como um recém-nascido. Após seis meses é iniciado o processo de vacinação novamente, para que seja reconstruída a imunidade do paciente. O período de recuperação pode chegar a um ano.

De acordo com a assessoria do CRO Mato Grosso, no início de fevereiro, contudo, em uma consulta de rotina, os médicos identificaram a metástase do câncer na medula. Dessa forma, foi realizado um planejamento completamente novo e inédito de tratamento, pensado especialmente para o caso, por um médico americano. O especialista indicou de três a seis ciclos de quimioterapia diretamente na medula para diminuir a metástase.

Ainda de acordo com a orientação do médico, quando houver sinal de melhora no quadro, o menino deve ir direto para San Diego, nos Estados Unidos, começar as 33 sessões de protonterapia, um método similar a radioterapia, mais eficiente e menos agressivo. Por fim, será submetido a um tratamento para produção de anticorpos. Não existe um protocolo a seguir uma vez que ele é o primeiro caso com esse tipo de câncer, mas os médicos apostam nesse tratamento para que o pequeno possa se recuperar da doença da melhor forma possível.

"Vamos enviar as informações com os dados para depósito para todos os cirurgiões-dentistas inscritos no CRO-MT via e-mail, além de publicar a história na nossa página do Facebook e no nosso site institucional”, explicou José de Figueiredo secretário do CRO, ao destacar o empenho do conselho nesta campanha.

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