O Conselho Municipal de Saúde de Várzea Grande (CMS) aprovou a estadualização do Pronto-Socorro (PS). Na deliberação, 14 dos 19 conselheiros foram favoráveis a repassar a unidade de urgência e emergência para o governo do Estado como forma de melhorar os serviços prestados. Apesar da cessão, que será publicada em Diário Oficial, conselheiros se mostraram preocupados durante a reunião na possibilidade de repassar o gerenciamento para uma Organização Social de Saúde (OSS).
A reunião foi bastante tumultuada e boa parte dos conselheiros, mesmo os que votaram a favor, demonstraram receio quanto à terceirização. A nova gestão ameaçaria os profissionais contratados do PS. Segundo o diretor administrativo e financeiro do PS de Várzea Grande, João Santana Botelho, 80% dos servidores lotados na unidade são contratados e a implementação de uma OSS para gerir o serviço pode ameaçar a estabilidade deles.
Mesmo assim, Botelho afirma ser a favor de um novo modelo de gestão, pois a situação é financeiramente insustentável dentro do PS. A dívida da Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag), atual responsável pelo gerenciamento, ultrapassa R$ 25 milhões.
Com voto a favor da estadualização, o presidente do CMS de Várzea Grande, Geovani Refro, defende que a mudança é o melhor caminho, porque o sistema do PS está falido.
O Hospital Metropolitano de Várzea Grande foi a primeira unidade a entrar no processo de terceirização no Estado. O Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas) foi a OSS escolhida para gerir e a unidade deverá ser inaugurada em junho.