Foi condenado, hoje, durante júri popular em Diamantino, a 28 anos de prisão em regime fechado, Antônio José de Souza, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de uma adolescente, de 17 anos, com quem teve um caso extraconjugal. Os jurados, após ouvirem a promotoria, testemunhas e defesa, decidiram que Antônio é culpado. Ele mandou executar a menor. O assassino acabou sendo morto, ano passado.
A jovem foi morta em 2015. Antonio, juntamente com o executor, enterraram a vítima em um sítio, em Alto Paraguai – município vizinho de Diamantino. O crime foi desvendado em julho do ano passado e em junho deste ano o acusado foi pronunciado para ser submetido a julgamento por homicídio com três qualificadoras (mediante paga ou promessa de recompensa, motivo fútil – interromper a gravidez da vítima e ocultar relacionamento extraconjugal e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino) e também por ocultação de cadáver. Ele está preso desde a fase do inquérito policial.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público e graças a Investigação do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) de Cuiabá, que na época foi comandada pelo delegado Luciano Inácio, que coordenadou a investigação do caso e descobriu que a vítima, inicialmente dada como desaparecida, havia sido assassinada. “Quero agradecer ao doutor Luciano Inácio que mesmo hoje estando aposentado, se deslocou até Diamantino e cooperou comparecendo ao Tribunal do Júri como testemunha”, afirmou o juiz Gerardo Humberto Alves Silva Junior, que presidiu a sessão do júri. “Esse caso, como outros que tivemos aqui, foi marcante por se tratar de uma menor e também pela forma de como tudo ocorreu. Foi muito delicado, mas que teve um desfecho relativamente rápido para a condenação do réu”, disse o juiz.
A defesa de Antonio Jose de Souza pode recorrer da decisão.