Aparecida Sebin, de 38 anos, foi condenada pelo Tribunal do Júri a 16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, regime inicial fechado, na última quinta-feira, pela morte de Aline Daiane de Araújo Sena, de 29 anos, em um bar, no bairro Jardim das Palmeiras, em Guarantã do Norte (234 quilômetros de Sinop), em maio de 2017. Já pela tentativa de homicídio de um homem que tentou intervir na situação no dia do crime, foi absolvida. Consta no processo que a defesa vai entrar com pedido para recorrer da decisão.
Consta na denúncia do Ministério Público, que Aparecida entrou no estabelecimento comercial acompanhada de alguns homens e passou a consumir bebida alcoólica. Passado um período, ela pediu a conta e, ao ser cobrada em um valor excedente, iniciou uma discussão com as atendentes do local e com Aline, sendo que o entrevo verbal evoluiu para vias de fato entre as duas. Ao ser apartada da briga, Aparecida se dirigiu ao seu veículo ameaçando Aline de morte, com dizeres como “ainda vou dar um tiro na sua cara”.
Afim de cumprir a promessa, ela se associou no mesmo dia aos dois homens, sendo que esses assumiram o trabalhado para matar Aline. Seguindo o plano, horas após, no início da madrugada ele foram ao estabelecimento e simulando interesse em contratar acompanhantes, perguntaram o nome de cada uma no intuito de identificarem Aline. Ao obterem a resposta, saíram do local. Momentos após, enquanto um deles permaneceu na moto a fim de dar cobertura ao comparsa e possibilitar uma fuga rápida, o outro voltou no bar e, sem possibilitar qualquer defesa efetuou um disparo de arma de fogo “de cima para baixo”, vindo a atingir o rosto de Aline, que estava debruçada no balcão.
Aline Daiane foi encaminhada ao hospital local em estado grave e precisou ser transferida para uma unidade médica em Cuiabá, mas acabou morrendo após ficar três dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O corpo dela foi sepultado em Guarantã, onde os familiares residem.
Os dois homens, 36 e 23 anos, também foram presos pela Polícia Militar acusados de atirar contra a vítima. Na época, testemunhas informaram que o primeiro acusado chegou no estabelecimento atirando. Na sequência, subiu em uma Honda Bros pilotada pelo segundo suspeito e fugiram. No entanto, acabaram presos pouco tempo depois.
O segundo suspeito confessou envolvimento e apontou que apenas auxiliou na fuga. Já o outro, negou a participação, mas foi reconhecido pelas vítimas. Na delegacia, eles teriam apontado Aparecida Sebin com mandante do crime. Ambos já foram denunciados pelo Ministério Público.