terça-feira, 5/novembro/2024
PUBLICIDADE

Comerciantes em MT são acionados por abate e venda de carne clandestina

PUBLICIDADE

Proprietários de dois açougues, em Barra do Garças (região Médio Norte), foram acionados pelo Ministério Público Estadual por vender carne suína oriunda de abate clandestino. O responsável pelo matadouro e a dona da chácara onde os porcos eram abatidos também foram citados na ação civil pública. Além de requerer a paralisação imediata das atividades de abate clandestino, o MPE pleiteia o pagamento de indenização por danos morais coletivos, já que os requeridos infringiram normas de ordem pública que regem a saúde, higiene e relações de consumo.

Consta na ação que, no local do abate havia muita fumaça e os detritos resultantes de tal atividade exalavam um forte odor fétido. Conforme relatório da Vigilância Sanitária, os animais eram abatidos próximos às baias em local aberto e exposto ao contato com insetos e animais domésticos, identificada, ainda, a presença de varejeiras na carne dos animais abatidos, torando-a imprópria ao consumo humano. O transporte da carne também era feito de forma irregular em veículo de carroceria coberto por uma lona suja, fétida e em contato com as partes metálicas do carro.

Segundo o MPE, na primeira inspeção realizada pela Vigilância Sanitária no local foram encontrados 53 porcos e o matadouro foi interditado. Passados alguns dias, no entanto, técnicos constataram que as atividades não haviam se encerrado e identificaram no local apenas 25 animais. Os responsáveis pelo matadouro não comprovaram a destinação lícita dos outros animais.

“É inadmissível que práticas medievais ainda sejam utilizadas diante da modernidade das técnicas de consumo e da produção alimentícia, no que concerne à higiene e sanidade dos estabelecimentos e dos produtos, visando a saúde do consumidor”, afirmou o promotor de Justiça Marcos Brant Gambier Costa.

Na ação, o representante do Ministério Público destaca que a comercialização de carne não inspecionada pelos órgãos competentes “quebra” toda a sistematização minuciosa criada para a proteção da saúde pública no consumo de alimentos. Ressaltou, ainda, que o fornecimento de carne sem qualquer inspeção sanitária no abate expõe os consumidores ao risco grave de doenças como toxoplasmose, teníase, cisticercose, brucelose e tuberculose, prejudicando, também, o controle de zoonoses, bem como as políticas públicas combate e prevenção de doenças.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Ex-cabo é condenado por matar mulher com quem mantinha relacionamento em Mato Grosso

O Ministério Público informou, esta tarde, que o réu Hércules...

Ator que iniciou a carreira em Sinop ganha prêmio de “Melhor Ator de Drama” em festival

O ator mato-grossense Adriano Mendonça, conquistou o prêmio de...

Sorriso: dois carros se envolvem em colisão

O acidente envolvendo o GM Onix preto e Ford...

Bombeiros resgatam cobra em cabo de fibra óptica em Sorriso

Uma jiboia constritora (Boa constrictor) com quase um metro...
PUBLICIDADE