“Casa de ferreiro, espeto de pau”, com esse tema os servidores administrativos da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Cuiabá iniciaram, hoje, a greve e a exibição das fotos das más condições de trabalho em que são submetidos. A categoria alega que “por ironia do destino” o órgão responsável pela fiscalização de trabalho convive com o sucateamento de um prédio que completa quase cinco décadas.
Depois das últimas chuvas, alguns arquivos despencaram e documentos ficaram amontoados no chão das salas. Além disso, agravou-se as infiltrações nas paredes, o cheiro de mofo e o volume de água que invadiu os setores. Ratos, baratas, tomadas e fios estão sem proteção, espaço físico pequeno e vários outros problemas sustentam o protesto dos servidores. O prédio fica ao lado do Sesc do Porto e por lá passam em média 500 usuários.
Outra pauta da reivindicação, segundo explicou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, é o Plano de Cargo Carreiras e Salários (PCCS) específico para a SRTE. Atualmente, tem servidor com 26 anos que carreira que recebe R$ 1,8 mil, bem abaixo de outras carreiras do Executivo.
“Para que haja melhoria do atendimento da população é necessário que haja condições de trabalho”, disse Carlos. A greve por tempo indeterminado tem a adesão de 16 estados em todo o Brasil, com a pretensão de atingir 22 estados até segunda-feira. O governo manifestou interesse em reabrir as negociações, mas colocou como moeda de troca o final da paralisação, mas os funcionários não aceitaram a pressão do “patrão”.