A paralisação começou esta manhã com cerca de 750 escrivães aderindo e cobrando cumprimento do acordo, firmado ano passado, para ser feita reestruturação de carreira. Vão trabalhar nas delegacias 30% do efetivo e somente ocorrências de urgência, como flagrantes, serão atendidas.
Um escrivão em início de carreira ganha cerca de R$ 4 mil, e no final R$ 11.180. Conforme a lei 540, de 2014, os profissionais têm o direito a um reajuste salarial de 5% no mês de janeiro, inflação concedida em maio e 10% em outubro. “O governador, que é ex-procurador da república, conhecedor de leis, acha que esta lei não deve ser cumprida. É um direito nosso e vamos reivindicar por isso”, disse o auxiliar jurídico do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso (Sindepojuc), Erimar Selvatico.
Ele acrescenta que foi mantido "diálogo com o governador Silval no início de 2014, e ele concordou com todas as reivindicações da categoria. Temos que declarar que houve um erro do governo passado para que esta paralisação fosse aprovada”.
Estudos técnicos constataram que não haveria impacto financeiro nas contas do Estado. Para que, assim, haja a aprovação da reestruturação. No entanto, a alteração não foi aprovada pelo novo governo. “Cada momento o governo atual dá uma justificativa diferente. Uma hora fala que não tem dinheiro em caixa, o que não é verdade, pois houve aprovação de aumento para servidores. Depois eles alegam que a lei de reestruturação não está de acordo com a lei eleitoral, de responsabilidade fiscal, o que não condiz também, pois está tudo certo”.
O governo ainda não se pronunciou sobre a greve.