Os técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso iniciaram, hoje, a paralisação por tempo indeterminado e os serviços essenciais da universidade serão mantidos em 30%. Eles cobram reestruturação do plano de cargos e carreira com orçamento necessário, incluindo a recomposição salarial, recomposição orçamentária das instituições no mínimo ao patamar de 2015, revogação da instrução normativa que impede direito de greve, 30 horas para todos, dentre outros pontos.
A greve inicia “considerando que o Governo Federal apresentou uma proposta com 0% de reajuste aos trabalhadores. Nós temos os menores salários de todo o poder executivo federal. Não dá para continuar com essa situação. O governo simplesmente concedeu reajustes esse ano para carreiras que possuem um salário muito maior, lutamos pela isonomia, pelo respeito a educação”, explicou, através da assessoria, a coordenadora geral do Sintuf-MT (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação), Luzia Melo. A orientação do comando de greve é que cada setor se reúna para organizar as escalas respeitando o percentual de 30%.
Ontem, a reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso e o comando local de greve se reuniram, com participação online dos câmpus de Sinop e do Araguaia. O reitor Evandro Soares da Silva reconheceu a legitimidade do movimento e a importância da luta da categoria principalmente nas soluções para as demandas dos servidores técnicos administrativos. De acordo com o reitor, acontece um movimento de migração de técnicos da UFMT para a iniciativa privada e também para outros setores públicos, com remuneração maior. “Muitos dos nossos técnicos são atraídos por salários do setor privado. Só em Tecnologia da Informação são 10 técnicos que se afastaram ou deixaram a universidade para trabalhar na iniciativa privada”, disse.