A Comarca de Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop) capacitou 29 novos conciliadores e mediadores para atuar como voluntários no Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc). O grupo de novos colaboradores é formado por servidores e estagiários do Poder Judiciário e também por universitários. A turma já passou pelo Curso de Capacitação em Técnicas de Mediação Judicial, na semana passada, e agora irá fazer estágio supervisionado para obter o certificado.
O curso foi realizado de 24 a 28 do mês passado, nas dependências do Fórum. A capacitação aliou teoria e prática. Teve duração de 40 horas com palestras, dinâmica de grupo, vídeos, exibição de slides e sessões fictícias de mediação. As aulas foram ministradas pelos instrutores Marcela Oliveira Cavalcanti de Ávila, Romeu Ribeiro Primo e Sebastião José de Queiroz Junior.
No estágio, eles vão pôr em prática tudo o que aprenderam no curso. Para isso, terão de participar de pelo menos mais 12 sessões reais. Deste total, quatro devem ser de conciliação, seis de mediação e duas supervisionadas.
Segundo o gestor judiciário do Cejusc de Peixoto, José Claret de Almeida Marques, este é o segundo curso com esta temática realizado na comarca. O primeiro formou oito conciliadores/mediadores, este segundo teve mais de 50 interessados, mas formou 29 devido à necessidade de restrição no número de vagas para melhor aproveitamento da turma.
Os cursos de conciliação e mediação atraem bastante interesse dos estudantes de Direito da faculdade de Colíder – cidade próxima a Peixoto -, porque o assunto é cobrado em sala de aula e consta inclusive na grade curricular.
Apesar da grande procura por parte desse tipo de público, não é necessário ser universitário do curso de direito para ser um conciliador ou mediador. Qualquer pessoa pode ser, basta interesse. Para se ter uma ideia, nesta segunda turma há professor de Economia e comerciário.
O Centro Judiciário de Solução e Mediação de Conflitos da Comarca de Peixoto de Azevedo foi instalado em dezembro de 2013 e negociou mais de R$ 9,4 milhões em acordos somente no primeiro ano de funcionamento. Neste segundo ano, de janeiro a agosto, a soma dos valores dos acordos ultrapassou R$ 11 milhões.
A demanda no centro é grande, pois são realizadas de quatro a cinco sessões por dia. As principais procuras são por acordos referentes a divórcio, pensão alimentícia, reconhecimento de paternidade e negociação de dívidas. Os atendimentos são realizados das 9h às 18h.
Os primeiros atendimentos são realizados por um servidor e dois estagiários. Seis conciliadores/mediadores trabalham na condução das sessões.