O comandante Ronaldo Jenkins de Lemos, chefe de segurança do ISNEA (sindicato nacional das empresas aeroviárias) depõe amanhã como colaborador do processo criminal que apura o acidente entre o boing da Gol e o Legacy, que matou 154 pessoas em setembro de 2006. As declarações serão feitas ao juiz Murilo Mendes, em Sinop, que solicitou à empresa de aviação a indicação de um profissional experiente. Lemos é ex-oficial da Força Aérea e integrante do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas.
Conforme a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, o pedido de esclarecimentos de um profissional isento ocorreu depois do depoimento de Sérgio de Almeida Salles, testemunha de defesa dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Além de confrontar o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) sobre o acidente, a testemunha de defesa não foi clara nas respostas e usou vários termos técnicos para confundir a Justiça.
O depoimento ocorreu no dia 8 de fevereiro provocando insatisfação na procuradora do Ministério Público Analícia Trindade. Sérgio Salles é ex-oficial da Força Aérea e representante da ExcelAire no Brasil, proprietária do jato Legacy que atingiu o avião da Gol.
Neste momento, a Associação luta para que o processo não prescreva em junho. Além do depoimento que ocorrerá amanhã, o magistrado marcou a data dos interrogatório dos pilotos norte-americanos, que serão realizados por videoconferência nos dias 30 e 31 de março. Os pilotos serão ouvidos nos EUA, diretamente da sede da Embaixada Brasileira em Washington. No Brasil, o juiz e as partes envolvidas ficarão na sede do Departamento de Recuperação de Ativos, em Brasília (DF). As outras 6 testemunhas de defesa, que seriam ouvidas em 14 e 15 de março, farão declarações por carta, atendendo pedido da defesa. (Com Assessoria)
(Atualizada às 18:00h)