O comandante regional do Corpo de Bombeiros, major Hector Péricles, disse, em entrevista coletiva, esta manhã, que o município deve perder R$ 300 mil de investimentos por falta de interesse da prefeitura em definir os trâmites burocráticos de cessão e utilização do antigo prédio da Secretaria Municipal de Obras, entre as avenidas Bruno Martini e André Maggi (ao lado do cemitério). O local seria destinado para instalação de um posto avançado de atendimento dos bombeiros.
“Temos R$ 1,5 milhão para ser empenhado na nova unidade e R$ 300 mil para o posto avançando. Porém, só poderíamos colocar esse valor na unidade avançada se a prefeita [Rosana Martinelli] fizesse o termo de cessão do prédio [ao lado do cemitério]. Vamos acabar perdendo esse valor por falta de interesse. Ou seja, além das viaturas, efetivo e alimentação para o pessoal seriam investidos R$ 300 mil para colocação do posto avançado. Porém, infelizmente, é um pouco tardio e estamos entrando em agosto e vamos perder esse valor”.
Ainda segundo o comandante, foram enviados vários documentos oficializando a prefeitura sobre o andamento do processo, mas não houve resposta. “O posto avançando, até agora, não tivemos nenhum posicionamento por parte do Poder Executivo. Nenhum documento que enviamos foi respondido. Tivemos uma reunião no dia 18 de janeiro. Depois desta reunião, nossa equipe começou a bater duro para a instalação do posto avançando. Mandamos documento e nos responderam no dia 10 de março, que havia interesse. Imediatamente marcamos com o ex-secretário de Obras, Marcos Lopes. Ele nos apontou que havia deficiência em fazer o projeto. Devido a isso, nos prontificamos em elaborar o projeto. Assim que produzimos o documento, enviamos um novo ofício para marcar hora e data para ser entregue, mas não fomos respondidos”.
Segundo Péricles, o posto avançado garantiria maior tempo resposta no socorro de vítimas. “O tempo resposta é fundamental para chegar até a vítima. Atualmente, saímos do bairro São Cristóvão para atender alguém no bairro Jardim das Palmeiras e é muito tempo, por exemplo. Para quem está acidentado, um minuto a mais é muita coisa. Esse seria o principal motivo. Além disso, levaríamos mais segurança para a localidade. A contrapartida seria uma viatura de combate de incêndio, uma de resgate e efetivo 24 horas. Comandamos quatro quartéis na região e o local que mais temos dificuldade é Sinop”.
Outro lado
A assessoria da prefeitura informou, ao Só Notícias, que que recebeu a solicitação feita por parte do Corpo de Bombeiros e esclarece que a administração municipal está em um período de avaliação e readequação de aluguéis, bem como da utilização dos prédios próprios e, tão logo for concluída essa avaliação e readequação, responderá a solicitação do Corpo de Bombeiros.
(Atualizada às 11h25)