A defensora pública-geral, Luziane Castro, se reuniu hoje com o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, para tratar da ocorrência em Guarantã do Norte (250 quilômetros de Sinop), na qual uma defensora pública foi agredida no exercício de sua função.
Mendes afirmou que uma investigação será instaurada e realizada de forma isenta pela corregedoria da Polícia Militar e ressaltou o interesse de que, a partir de agora, as instituições – Defensoria Pública e PM – trabalhem juntas e de forma contínua, evitando qualquer incidente futuro.
Gabriela Beck, coordenadora do Núcleo de Guarantã do Norte, recebeu voz de prisão enquanto realizava atendimento após uma ação de desocupação de uma fazenda no município de Novo Mundo, que ocorria sem determinação da Justiça. Ao buscar os assentados que haviam solicitado a presença da Defensoria Pública no local, via ofício encaminhado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), a defensora recebeu voz de prisão e teve seu celular arrancado à força.
Coronel Mendes ressaltou que os relatos de agressão não são condutas esperadas dos oficiais. Além disso, os comandantes regionais serão orientados a se apresentarem a todos os coordenadores de núcleos da Defensoria Pública do Estado, estreitando laços e garantindo o bom desempenho do trabalho de ambas as instituições.
Luziane Castro protocolou toda a documentação referente ao caso, inclusive o exame de corpo de delito feito na defensora Gabriela Beck, que será entregue à corregedoria da PM. “A ideia é que haja uma série de parcerias para fortalecer as relações institucionais e garantir o efetivo exercício da função do defensor público,” destacou Luziane Castro.
Estiveram presentes na reunião membros da Administração Superior da Defensoria Pública e também da Polícia Militar.
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