A maioria dos médicos está há mais de 3 meses sem receber. Uma fonte de Só Notícias, que prefere não se identificar, informou que a situação do hospital neste ano só tem piorado. “Estão com atraso de abril a julho. Mas não é só o salário, estão faltando medicamentos, materiais, estamos sem condições adequadas de trabalho”, informou.
Depois de paralisar parcialmente as atividades, no início do ano mantendo apenas os serviços de urgência e emergência, o corpo clínico se reuniu, na última quinta-feira, e definiu um prazo até dia 10 de agosto para que sejam quitados pelo menos os meses de abril e maio. Caso os salários não sejam pagos, pelo Governo do Estado, os médicos pretendem parar totalmente as atividades.
O hospital atende moradores de 11 municípios da região Norte e já foi considerado modelo de gestão hospitalar no Estado, sendo referência em cirurgias eletivas ortopédicas, gerais e ginecológicas. Eram feitas, em média, 15 por dia.
Em maio, o governo do Estado decretou intervenção administrativa nos hospitais de Colíder e Alta Floresta, gerenciados pelo Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas). A Comissão Permanente de Contratos constatou inadimplência por mais de 120 dias do Ipas com fornecedores, prestadores subcontratados pela Organização Social de Saúde no caso específico o Corpo Clínico dos hospitais e também o não pagamento de água, luz, materiais hospitalares, que resultaram no risco de paralisação das atividades dos hospitais e a precarização do atendimento à população.