A prefeitura de Colíder (157 quilômetros de Sinop) prometeu cortar o ponto dos servidores que decidirem aderir à greve geral, convocada para amanhã. “Se ele (o funcionário) não for trabalhar, vai ser descontado. Não vamos paralisar as atividades por conta desta manifestação. Tivemos vários feriados, então isso acaba prejudicando o andamento dos trabalhos da prefeitura”, afirmou, ao Só Notícias, o secretario de Planejamento, Fazenda e Administração, Vanderlei Aparecido Borges.
O gestor da pasta emitiu um comunicado destacando que entende como legítima a manifestação pacífica dos trabalhadores. No entanto, ressaltou que há procedimentos administrativos e jurídicos em andamento que dependem de prazos formais que seriam prejudicados no caso de decretação de ponto facultativo. “Os servidores de Colíder poderão participar da citada manifestação, desde que o façam em horários de almoço, antes ou depois de seus horários de trabalho”, avisa a nota.
Em Sorriso, segundo o secretário de Administração, Estevam Húngaro Calvo Filho, a intenção não é “desestimular” os servidores que queiram participar da manifestação. Porém, explicou, o protesto não vale como justificativa legal para a falta. “Das 7h às 9h, vamos respeitar o direito de participarem, conforme acordo com o sindicato. Agora, se o servidor faltar o dia inteiro, terá que ser descontado. De qualquer forma, será analisado caso a caso. A área da educação, por exemplo, paralisará as atividades. Porém, fizemos acordo para reposição das aulas”.
Outros municípios ainda não se posicionaram sobre o assunto. A prefeitura de Lucas do Rio Verde, por exemplo, emitiu um comunicado, esta tarde, informando apenas que não considerará a paralisação como ponto facultativo e que terá expediente “normal”. Procurada, a assessoria de imprensa não soube informar se haverá corte de salário dos servidores e prometeu se manifestar posteriormente.
Em Nova Mutum, o prefeito Adriano Pivetta explicou, ao Só Notícias, que não recebeu “qualquer comunicado sobre uma possível paralisação”. Ele também não se posicionou sobre possível corte de salário de servidores que aderirem ao movimento. Em Sinop, a assessoria de imprensa informou que “não há nenhum entendimento sobre corte de ponto” em caso de adesão à paralisação.
As principais centrais sindicais do país convocaram uma greve geral para amanhã em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional, e a Lei da Terceirização. Várias categorias profissionais realizaram assembleias e anunciaram adesão ao movimento.
Em Mato Grosso, atos foram convocados em cidades do interior e região metropolitana de Cuiabá. Na capital, devem paralisar as atividades médicos, dentistas, enfermeiros, motoristas de ônibus, bancários, professores, funcionários da CAB e dos Correios, além de 32 categorias de servidores públicos.