PUBLICIDADE

CNJ investigará atuação de juiz que soltou dupla presa com 420 quilos de drogas em Mato Grosso

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu abrir um pedido de providências para apurar a existência de irregularidade na atuação de juiz federal que concedeu alvará de soltura a dois homens presos com 420 quilos de entorpecentes (cocaína e maconha). O caso aconteceu no último domingo (7), durante plantão judiciário, em Porto Esperidião (323 quilômetros de Cuiabá).

O magistrado do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1) fundamentou a decisão no fato de ser a dupla natural do estado, o que seria indicativo da falta de intenção de cometer crimes. Para o magistrado, os acusados apenas “aproveitaram a oportunidade de dinheiro fácil, por serem pobres e residentes na fronteira com o país maior produtor de uma das drogas recreativas mais usadas no mundo, a cocaína”.

“Há necessidade de se investigar, na esfera administrativa, se há alguma irregularidade na atuação do juiz federal ao macular o previsto na Constituição Federal, na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e no regramento traçado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em especial envolvendo a adequação da sua atuação ao regramento pertinente ao plantão e ao juiz natural”, manifestou o corregedor na decisão pela abertura do pedido de providências.

Ao se pronunciar pela apuração, Salomão cita a repercussão do caso na imprensa e lista cinco notícias veiculadas por meios de comunicação, com informações que subsidiarão o pedido de providências. Um sexto texto, publicado na terça-feira e que também consta da decisão do corregedor, informa sobre a revogação da soltura dos dois homens por outro juiz federal, titular da 1.ª Vara Federal Cível e Criminal de Cáceres.

A notícia sobre a revogação do alvará de soltura informa que os dois homens foram presos, pela segunda vez, na última segunda-feira (8). Um dos acusados era foragido da Justiça desde 2016, quando teria sido condenado a 10 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa e tráfico de drogas.

Conforme Só Notícias já informou, um dos que criticaram a soltura dos acusados foi o governador Mauro Mendes. “Ou as leis nesse país são frouxas como eu tenho dito ou o judiciário está falhando. Não dá para colocar um batalhão na fronteira, gastar milhões de reais por ano, arriscar a vida dos nossos policiais militares para tentar barrar o tráfico internacional, a entrada de drogas no Brasil e no Mato Grosso, prender dois indivíduos criminosos e menos de 24 horas esse cara estar solto”, disse durante a semana.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Polícia apreende uma tonelada de cocaína em chácara no Mato Grosso

Uma ação conjunta do Grupo Especial de Fronteira (Gefron)...

Empresas são condenadas a indenizar trabalhadora que dirigia sem habilitação em Mato Grosso

Após uma vendedora de produtos veterinários que fazia entrega...
PUBLICIDADE