Embora avalie como “positivo” o conteúdo do Plano Safra 2006-2007 anunciado ontem (25) pelo governo federal, o chefe do departamento econômico da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Getúlio Pernambuco, afirma que as medidas vão atender os produtores apenas a curto prazo. “O plano é positivo, ameniza a pressão das dívidas em curtíssimo prazo, agora prorroga esses problemas para o próximo ano”, afirma.
Para ele, o pacote deveria contemplar também a pecuária, especialmente nas regiões afetadas pela febre aftosa. “As prorrogações de custeio automatizaram apenas milho, arroz, soja e algodão. Temos outros produtos que também estão com problemas como a pecuária bovina de corte”.
Getúlio Pernambuco estima que seriam necessários R$ 62,3 bilhões para o custeio da próxima safra e o pacote anunciado prevê R$ 41,4 bilhões. Em relação às medidas estruturais, que seriam para redução dos custos de produção para os agricultores, Getúlio Pernambuco avalia que faltou uma desoneração tributária para baratear o diesel.