O tempo chuvoso e falta do asfalto na rodovia federal, em um trecho de pelo menos oito quilômetros, entre as cidades de Moraes Almeida e Novo Progresso (695 quilômetros de Sinop) voltaram a causar atoleiros e atraso no transporte da safra de Mato Grosso até o porto de Marituba, no Pará. Centenas de caminhões estão parados. A maioria está carregada com milho.
O caminhoneiro Dhione Kaliniski disse, ao Só Notícias, que o exército está auxiliando no reboque dos veículos que não conseguem passar pelo local. “São pelo menos oito quilômetros de chão. Além disso, tem outros 30 quilômetros de terra que eles estão auxiliando. Se chover os caminhões não andam naquela região. Você é obrigado a parar e espera secar para seguir viagem. Isso deve ficar pior nos próximos dias”.
A BR-163 é a principal via para escoar a safra agrícola mato-grossense, principalmente dos produtos que seguem para os portos de Miritituba, distrito de Itaituba, e que tem ligação também com Santarém. De lá, os grãos são embarcados em navios para mercados internacionais, como o da China e Europa.
Conforme Só Notícias já informou, manutenção e a pavimentação da BR-163 são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), que é vinculado ao Ministério dos Transportes. O trecho da divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará até o porto de Miritituba é de 668 quilômetros, sendo que 86% da pavimentação está concluída. Ainda faltam 90 quilômetros.
Em janeiro desse ano, centenas de caminhões, carretas, ônibus e veículos menores ficaram impossibilitados de trafegar por conta dos atoleiros em um trecho da rodovia federal entre o Distrito de Caracol e o município de Itaituba, no Pará. Alguns motoristas ficaram parados por mais de uma semana, sem nenhum tipo de estrutura. A fila de veículos parados ultrapassou os 50 quilômetros.
