PUBLICIDADE

Cerca de 2 mil crianças participam do Dia de Combate ao Trabalho Infantil em MT

PUBLICIDADE

Com apenas 12 anos de idade, Lucas Rodrigues, estudante da Escola Municipal Maria Dimpina, afirma que já foi testemunha de um caso de trabalho infantil. Sem entender muito quais as consequências que esta prática pode trazer, apenas se limita a dizer que “exploração da mão de obra infantil dá cadeia". E ele está certo.

O lema citado por Lucas foi ressaltado para cerca de duas mil crianças e adolescentes que estiveram presentes na Arena Pantanal, esta manhã, para participar do evento alusivo ao “Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil” (12 de junho), realizado pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação ao Trabalho Infantil (Fepeti-MT).

Como parceiros, atuaram ainda a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) e Núcleo de Ações Voluntárias (NAV), com o objetivo de sensibilizar e mostrar às crianças a importância da conscientização sobre os danos e prejuízos da exploração do trabalho na infância.

Em Mato Grosso, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70 mil crianças estão em situação de vulnerabilidade social, por conta de exploração do trabalho. O titular da Setas-MT, Valdiney de Arruda, aponta o número como inaceitável e reforça a importância de ações como o Dia Nacional de Combate. “Ainda hoje existe a cultura de que é melhor uma criança estar trabalhando do que estar na rua. Mas isso não é verdadeiro. A criança tem que estar na escola, estudando e brincando. E nós que representamos o estado temos que criar as ferramentas para possibilitar que essas crianças tenham acesso aos seus direitos”, afirma o tmbém secretário-executivo do Fepeti, Valdiney de Arruda.

A procuradora do Trabalho e coordenadora regional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), Amanda Fernandes Broecker, lembra que os casos de exploração da mão de obra infantil devem ser reportados às autoridades competentes. “Hoje é um dia de reflexão, para mostrarmos a todos a importância deste tema”.

O trabalho infantil configura-se como uma violação aos direitos humanos, além de se estabelecer como uma negação aos princípios fundamentais garantidos às crianças e adolescentes pela Constituição Federal. “É algo que pode provocar a exclusão e prejudicar a criança ao longo de toda sua vida”, alerta a primeira-dama e coordenadora do NAV, Samira Martins.

No evento, que durou toda a manhã, as crianças puderam desfrutar de um dia de atividades com recreações, esclarecimentos e distribuição de pipoca. Personagens de filmes infantis também marcaram presença na Arena Pantanal, para celebrar o combate ao trabalho infantil. João Augusto Barbosa, 12 anos, aproveitou a oportunidade.

O jovem afirma que não tem conhecimento do que seja a exploração do trabalho infantil, mas que entende que o lugar de jovens como ele, com certeza, não é trabalhando. “Acho que nós temos que estudar e ajudar nas tarefas em casa. Mas não é certo uma criança ser explorada”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Colíder: acidente entre motos deixa dois feridos

As motocicletas Honda Biz vermelha e Bros preta se...

Inscrições de seletivo na Saúde em Nova Mutum terminam no domingo

A etapa de inscrições em processo seletivo simplificado da...
PUBLICIDADE