Os Centros Integrados de Comando e Controle (CICCs), utilizados nas operações de segurança nas cidades-sede durante a Copa do Mundo 2014, poderão ser usados no monitoramento de estradas federais e no plano de fronteiras, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo ele, no dia 18 haverá uma reunião, em Salvador, com os secretários estaduais de segurança pública para dar continuidade a ação integrada organizada para a Copa.
De acordo com o ministro, a reunião da próxima sexta-feira servirá “para dar continuidade a esse funcionamento, seja para as estradas federais, que passam a ser monitoradas também por esses centros; seja pelo plano de fronteiras, que vai ser também monitorado por esses centros. Nós queremos estender também o trabalho para as fronteiras dos estados”, adiantou.
Segundo Cardozo, o governo investiu R$ 1,1 bilhão em equipamentos de segurança. Desse total, R$ 900 milhões foram destinados aos estados e o restante para forças de segurança do Ministério da Justiça. “Há legado? Foi um dinheiro que acabou com a Copa? Os equipamentos não foram embora, os equipamentos de controle ficam, um para cada estado”, avaliou.
No total, 116.579 homens integraram o efetivo de segurança pública empregado na Copa, entre bombeiros, policiais civis, militares, guarda municipal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e departamentos de trânsito (Detrans).
Durante a preparação para a Copa, o setor de segurança enfrentou greves e, durante o megaevento, foi alvo de críticas pela repressão e violência contra manifestantes.
Para o ministro da Defesa, Celso Amorim, o grande legado da Copa para o setor será a integração entre as Forças Armadas. Segundo ele, o Mundial fez com que Exército, Marinha e Aeronáutica trabalhassem juntos, nos níveis nacional, estadual e municipal. No total, foram 59.523 militares envolvidos na segurança do evento. Desses, 13.125 da Marinha, 38.233 do Exército e 8.165 da Aeronáutica.
Amorim também destacou que as Forças Armadas atuaram de maneira discreta, respondendo ao que ele chamou de “preocupação sobre a militarização” da segurança pública. “Quando foram necessárias, as Forças Armadas foram utilizadas, mas de uma maneira muito discreta, sendo vistas na hora que tinham que ser vistas. As Forças Armadas trabalharam sem que desse a impressão de que o Brasil era um país militarizado”, avaliou.