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Catadores acham perna humana em lixão em Cuiabá

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Um pedaço de uma perna humana foi encontrada por catadores de lixo no aterro sanitário, na região conhecida como Várzea do Quilombo, localizada cerca de cinco quilômetros após o bairro Novo Paraíso. A denúncia mobilizou equipes da Polícia Civil e do Instituto Médico Legal (IML) que ficaram por duas horas na região, mas não conseguiram localizar o membro, que acabou encoberto por montanhas de lixo.

Segundo a delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), catadores encaminharam para os policiais fotos que mostravam a perna que havia sido visualizada, na última quinta-feira pela manhã, contudo o fato não foi comunicado pelos trabalhadores braçais aos coordenadores do aterro. Somente, ontem, por volta das 12h, a Polícia Civil foi acionada.

Em conversa com os catadores, eles revelaram que é comum se depararem com órgãos humanos, como coração, pulmões e equipamentos hospitalares, entre agulhas e seringas, que ficam misturadas com o restante do lixo.

Eles mesmo disseram que seria impossível precisar onde a perna foi parar, em razão da dinâmica de movimentação intensa de veículos que faz a descarga de material no aterro. Segundo a delegada, pelas informações dos catadores, tudo indica que a órgão humano é resultado de descarte hospitalar.

O coordenador de resíduos sólidos da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos no Município, Anderson Matos, garante que não tem conhecimento que os partes de membros humanos são localizados com frequência no local. Mas assegura que tão logo foi informado sobre o fato, comunicou a situação para o secretário que acionou a Procuradoria do município para tomar as providências que o caso requer, junto às três empresas responsáveis pelo descarte de lixo hospitalar no aterro, que possui área de 64 hectares.

Segundo ele, existe um local específico para descarte deste lixo, que antes é passado por um tratamento. Segundo ele, toda atividade das empresas é fiscalizada pela vigilância sanitária do município.

A reportagem tentou falar com a engenheira responsável pelo setor na Vigilância, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mas não teve as ligações atendidas e nem mensagens respondidas.

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