Deve ser encaminhado hoje ao Tribunal de Justiça o pedido de hábeas corpus, do gerente de restaurante Sérgio Muller, que está preso em Sinop desde o dia 31 de janeiro, acusado de efetuar disparos contra a caminhonete do juiz da 5ª Vara Civil de Cuiabá, César Bassan, que acabaram atingindo a coluna do magistrado. Além de Sérgio, também estão presos Cleiton Lopes dos Santos e Fábio Tavares Rubim, que estavam juntos no dia do atentado.
Os três, que foram presos no mesmo dia, foram interrogados pelo juiz Clóvis de Mello na última sexta-feira. O prazo, segundo a advogada de Sérgio, Maria Elizabete Fripp dos Santos, que atua junto com os advogados Luis Geraldo Gomes dos Santos e Valter Félix de Macedo, para encaminhar o pedido de hábeas corpus, encerra hoje.
A defesa alega que não há justificativas para que Sérgio continue preso, já que é réu primário, com excelentes antecedentes e não representa perigo à sociedade. O gerente apresentou-se no mesmo dia do atentado na delegacia, e teria confessado que atirou contra o magistrado, após um desentendimento de trânsito. Fábio e Cleiton foram presos próximo ao Trevo do Lagarto, em Cuiabá.
O desentendimento começou quando Bassan saía de uma lanchonete, na praça Plínio Callegaro. Os três, que estariam embriagados, entraram na faixa de pedestre no momento em que o juiz passava com sua caminhonete. Sérgio, Fábio e Cleiton ainda teriam seguido o magistrado em outra caminhonete, e acabaram colidindo, momento em que Sérgio deu cinco tiros no veículo de Bassan. Um tiro atingiu a coluna do juiz.
O Ministério Público também entrou com a denúncia contra os três por tentativa de homicídio duplamente qualificado – motivo fútil e por uso de recurso, que dificultou a defesa da vítima.