Os carteiros de Sorriso também aderiram à greve dos Correios, iniciada no dia 30 de janeiro. A decisão foi tomada em assembleia, ontem, sendo que a partir de hoje, dos 15 profissionais que atuam no município, sendo três terceirizados, oito estão de braços cruzados. Segundo o representante da Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios, Telégrafos e Servidores Postais (Sintect-MT), Elizeu Barbosa da Silva, a estimativa é de que 80% das entregas de correspondências deixem de ser feitas. Já o atendimento nas duas agencias da cidade segue normalmente, até o momento.
Com parte dos profissionais mobilizados no município, já somam quatro cidades que decretaram greve no Nortão – Sinop, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta. Em Sinop, a entrega de cartas segue suspensa. Elas só estão sendo realizadas quando envolvem encomendas ou documentos que são enviados com certa “urgência”. Dos atuais 20 carteiros que atendem nas duas agências da empresa, apenas cinco continuam trabalhando. Já o atendimento nos dois locais continua normalmente.
Em Lucas, os nove carteiros que trabalham na única agência do município aderiram à paralisação desde ontem. As entregas foram suspensas totalmente. Além disso, dos cinco atendentes, apenas três continuam trabalhando, mais o gerente, um tesoureiro e um supervisor.
Já em Alta Floresta, cerca de 95% dos trabalhos estão paralisados. Dos sete profissionais de entrega que trabalham na agencia da cidade, apenas um mantem as atividades, e dos seis atendentes, cinco também pararam de trabalhar.
Segundo Elizeu, a tendência é de que a mobilização continui crescendo no Estado, inclusive nas referidas cidades. Até o momento, não foi apontado nenhum avanço nas negociações da classe com a empresa.
Conforme Só Notícias já informou, através de nota, os Correios tem informado que não haverá mudança alguma no atual plano de saúde dos trabalhadores, sendo este um dos pontos questionados pela categoria. "Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais".
Os profissionais também querem mudar o horário de entrega de cartas, apenas para a parte da manhã. Eles cobram ainda, que a empresa cumpra alguns pontos do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) que estariam sendo descumpridos, como, por exemplo, o direito a um reajuste anual (porcentagem não informada), referente ao tempo de serviço ou à méritos dos servidores. Não houve posicionamento dos Correios à estas reinvidicações, até o momento.