Diferente de muitos estados e regiões do país, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos de Mato Grosso (Sintect-MT) decidiu não paralisar as atividades a partir de hoje no Estado. A decisão foi tomada em assembléia geral na noite de ontem, em Cuiabá, pela categoria que, diante disso, vai trabalhar normalmente nesta quarta-feira em Mato Grosso. No entanto, a greve do setor não está descartada para os próximos dias.
A deflagração da greve no estado depende da publicação do indicativo de greve em edital, o que não havia sido feito até ontem (1º/07). Conforme Gilmar Machado Moura, de Rondonópolis, a categoria exige o cumprimento na íntegra do termo de compromisso assinado no fim de 2007 pelo presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, que propõe, por exemplo, o pagamento de adicional de risco no valor de 30% sobre o salário base dos carteiros.
A categoria também quer a implantação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em comum acordo entre as partes, e mudanças na forma de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os funcionários da ECT também estão exigindo agora a reposição salarial de 35,5%, abrangendo entre 1994 e 2007, além de mais 7,22% de aumento referente à inflação entre agosto de 2007 e julho de 2008, além de outras reivindicações. Uma reivindicação local é a contratação de mais carteiros para a cidade. Hoje, em Rondonópolis, atuam apenas 28 carteiros para cartas e outros 04 para encomendas especiais, totalizando 32.
Segundo Gilmar Moura, até ontem, cerca de 23 estados da federação já haviam paralisado suas atividades.