O Governo do Estado pretende atingir quase 300 mil pessoas com o projeto “Caravana da Mulher Mato-grossense: Direitos e Cidadania”. A ação é programada para ocorrer em escolas, comunidades rurais e locais de grande concentração do público masculino.
“Ao todo, atuaremos em 118 municípios, treinando aproximadamente três mil voluntários”, afirma a superintendente de Políticas para Mulheres da Secretaria de Estado deJustiça e Direitos Humanos (Sejudh), Isabel Cristina Gama da Silveira.
Vinte e cinco agentes transformadores voluntários atuaram por município, com objetivo de abordar, em média, 100 pessoas, para chegar assim em um número aproximado de 300 mil pessoas.
O objetivo é reafirmar os princípios orientadores pela Política Nacional para as Mulheres, alinhando as ações estaduais à ele; que tem priorizado a autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida; a busca da igualdade efetiva entre mulheres e homens, em todos os âmbitos.
“O respeito à diversidade e combate a todas as formas de discriminação, a participação ativa das mulheres em todas as fases das políticas públicas e a transversalidade como princípio orientador de todas as políticas públicas. Queremos ainda dar continuidade a difusão entre a sociedade da Lei Maria da Penha, trabalhar a construção social da mulher”, diz Isabel Silveira.
O secretário adjunto de Direitos Humanos, Zilbo Bertoli Júnior, explica que criação de um ‘Exército de Marias da Penha’ consiste no treinamento de voluntários da sociedade civil em três níveis de Intervenção. “Primeiro teremos o ‘Maria da Penha vai à Escola’, onde orientaremos os voluntários em palestras nas escolas, por meio de campanhas de redação e filmes Depois se seguirá o ‘Maria da Penha vai às Comunidades’, que visará orientar os mesmos voluntários a abordarem a mulher vítima de violência nas comunidades de bairros e rurais; e por último o ‘Maria da Penha em Ação’, que capacitará os voluntários em palestras para homens, os abordando em canteiros de obras, postos de gasolina, lavoura e etc”.
Homens que queiram se tornar agentes voluntários também serão aceitos por meio do Programa da Organização das Nações Unidas (ONU) "Eles Por Elas", versão brasileira do "He For She", movimento mundial a favor da igualdade de gênero.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Márcio Dorilêo, destaca que a pasta já vem realizando a fortalecimento dos conselhos e efetuando o atendimento de mulheres em situação de vulnerabilidade, principalmente as que residem nas áreas rurais, por meio dos ônibus lilases. “O atual governo luta por uma sociedade mais justa em todos os âmbitos, e não poderia ser diferente quando se trata de nossas mulheres; por isso estamos criando mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, que nada mais é do que uma violação dos direitos humanos das mulheres”.
Dorilêo lembra que a ação promoverá a agilidade nos atendimentos e processos relativos à violência contra a mulher, além da implantação da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.