O manifesto será realizado das 7h às 17h, neste domingo, na rodovia federal no mesmo trecho em que foi realizado os bloqueios de veículos de cargas no início deste ano. Segundo um dos líderes dos transportadores de carga da região, o empresário luverdense Gilson Baitaca, apenas caminhões e carretas serão abordados e os motoristas convencidos a aderirem ao manifesto. Carros, caminhonetes, ambulâncias e ônibus terão o tráfego normal.
Baitaca disse que este manifesto dos caminhoneiros não tem caráter político, mas que irão aproveitar o ato nacional contra a presidente da República, Dilma Rousseff, para protestar contra o que foi prometido e até mesmo acordado com o governo federal, mas que até o momento não saiu do papel. “Vamos fazer nosso movimento em favor da categoria e vamos mostrar que somos contra a corrupção”.
O empresário disse que boa parte das reivindicações dos caminhoneiros, que realizaram inúmeros protestos entre fevereiro e abril, não foram cumpridos. Houve conversas com o setor e promessas de que medidas seriam estudadas, porém, pouca coisa mudou. Ele cita como exemplo a prorrogação dos financiamentos dos veículos, que já para estar em vigor. “Os bancos não aderiram e o governo nada fez. Até o final do ano, mais de 50% dos caminhões estarão em poder dos bancos e vários trabalhadores desempregados”.
Para o empresário, se não há a possibilidade de aumentar o valor do frete, que impactaria na inflação, o governo poderia desonerar o PIS e o Cofins cobrados sobre o óleo dieses. “O Congresso aprovou esta medida, mas a Dilma vetou. Esperamos que o Congresso derrube este veto”.
Os caminhoneiros realizaram protestos por diversos dias entre fevereiro a abril. Os veículos com cargas eram obrigados a parar em vários pontos da rodovia federal, entre Rondonópolis até Sinop. Devido a isso, vários municípios do Nortão ficaram sem produtos como combustíveis, gás, água e entre outros.
O manifesto só terminou quando o governo federal aceitou negociar a pauta de reivindicações dos motoristas.