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Caminhoneiros liberam trânsito por duas horas em Lucas, Sorriso e Sinop; Mutum fecha

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Caminhoneiros e representantes de empresas do setor de transportes retomaram, por volta das 13h, o bloqueio de caminhões com cargas não perecíveis na BR-163 em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Eles retomaram o fechamento da rodovia, esta manhã, e decidiram dar duas horas de liberação no horário do almoço. Em Nova Mutum, não houve bloqueio pela manhã. Mas os manifestantes decidiram fechar a rodovia, esta tarde.

O presidente Sindicato Caminhoneiros Autônomos de Sorriso e região, Wilson Rodrigues, disse, ao Só Notícias, que há previsão de “liberar os caminhões durante duas horas, entre 11h e 13h. A pista será interditada novamente à tarde e liberado o tráfego somente a partir das 19h”. Veículos, ônibus e carretas carregadas com cargas perecíveis passam em todos os trechos.

A Polícia Rodoviária Federal informou que, em Cuiabá e Rondonópolis, não está havendo bloqueio esta manhã. Neste final de semana, a tropa de choque da PRF desbloqueou a 364 e a 163, nos municípios. Ainda esta manhã, conforme Só Notícias já informou, o ministro da Justiça autorizou o uso da Força Nacional em rodovias interditadas.

Wilson Rodrigues explicou que há um consenso entre organizadores do movimento para aguardar uma resposta de Brasília até amanhã. Caso o preço do óleo diesel não baixe e não seja estipulada uma tabela mínima para o frete, a promessa é de interdição total. “Não acreditamos neste governo. Então, só aceitamos que as reivindicações sejam atendidas imediatamente, não é para daqui 30 dias. Se isso não ocorrer, só passarão ambulâncias. Se mandarem a Força Nacional, a gente corre e depois volta. Eles pediram até amanhã para atender, então vamos aguardar”.

O setor também espera posicionamento para melhorar o preço do frete pago pelas tradings. O governador Pedro Taques reivindicou, conforme Só Notícias informou em primeira mão, e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove) sinalizou que poderá rever valores pagos em Mato Groso.

No final de semana, com a liberação em determinados trechos, chegaram algumas cargas de diesel, etanol e gasolina, além de gás de cozinha e outros produtos, reduzindo o desabastecimento.  As carretas descarregaram nas bases que fizeram as misturas e mandaram cotas para postos de suas respectivas redes. "Aproximadamente 70% dos postos receberam combustível para revender. Lógico que foi quantidade pequena para cada um e a maioria ter produto para atender os clientes", explicou, ao Só Notícias, o diretor de uma rede de postos. "Tem posto que só está tendo só gasolina. Outro tem etanol, o outro só diesel", acrescentou. "Do jeito que está a manifestação, em menos de 15 dias não será regularizado o abastecimento normal nos postos e nas TRRs (que revendem diesel o atacado).

Além dos consumidores, a preocupação é com as fazendas porque a safra da soja precisa ser colhida e dezenas de fazendeiros estão sem diesel. "Alguns postos têm frotas próprias de carretas e transportam combustível pronto diretamente para as TRRs. Estamos fazendo venda por cota para agricultores que estão em situação critica. Com liberação no final de semana, em alguns pontos, passaram algumas carretas vazias para irem carregar em Alto Taquari (região Sul) e também chegaram algumas que estavam carregadas e conseguiram chegar nas bases em Sinop", informou a fonte.

Um TRR recebeu algumas cargas de diesel no final de semana e informou hoje, ao Só Notícias, que atendeu mais de 80 produtores, com cotas proporcionais ao consumo de cada um. "Mas meu estoque já está zerado. Conseguimos atender com um pouco de diesel para cada um. Mas tem fazendas que hoje já voltam a ficar sem diesel", relatou um revendedor. Ele também informou que os motoristas (funcionários) continuam temerosos. "Alguns caminhões chegaram com para brisas quebrados. É lamentável esse vandalismo", declarou.

Os bloqueios prosseguem hoje em mais 6 Estados. No Mato Grosso do Sul, o bloqueio é das rodovias estaduais MS 134 em Nova Andradina e na MS 156 em Dourados. Caminhoneiros mantém protestos em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo.

(Atualizada às 13h33)

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