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Caminhoneiros liberam tráfego por algumas horas em 1 trecho em MT; bloqueio continua

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A Polícia Rodoviária Federal informou, agora há pouco, que os caminhoneiros decidiram liberar momentaneamente o tráfego para veículos com cargas (caminhões e carretas) nos dois pontos bloqueados na BR-364 em Rondonópolis. No entanto, a assessoria de imprensa informa que deve ser apenas até às 12h. Após este horário, os manifestantes prometem fechar novamente (carros, ônibus e motos passam normalmente).

Desta forma, na BR-364, ainda há bloqueios em Diamantino e Alto Garças. Na BR-163, não houve qualquer tipo de liberação e os caminhoneiros se concentram em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Guarantã do Norte. Ontem, também foi bloqueada a MT-358, em Tangará da Serra.

Os motoristas de caminhões e carretas estão fazendo reuniões, em Sinop. Porém, até o momento, não há bloqueio no município e nem previsão se os mesmos irão aderir ao movimento. Por enquanto, o tráfego na rodovia federal em Sinop segue normal.

Conforme Só Notícias já informou, ontem, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela referencial dos custos, cobrado pela categoria. A norma define que os estudos deverão ser submetidos à audiência pública, com parâmetros de referência em vigência de 12 meses, revistos anualmente. Porém, o órgão poderá rever os valores a qualquer momento.

Apesar da oficialização, um dos representantes do movimento do setor em Mato Grosso, Júnior Boscoli, reforçou que os bloqueios em rodovias continuam até o governo oficializar uma tabela para entrar em vigor em todo o Brasil. “Se o governo nos chamar para discutir, vamos conversar. Mas os bloqueios seguem até uma tabela ser definida, assinada e publicada. Não vamos mais acreditar em conversinha, porque foi o que houve até aqui. A tabela precisa ser aprovada pelo movimento no Brasil inteiro, não só por um Estado, como aqui, por exemplo”, disse ao Só Notícias.

Os bloqueios nas rodovias de Mato Grosso e alguns estados brasileiros foram retomados, na quinta-feira (22), após uma reunião entre caminhoneiros e ANTT terminar sem acordo sobre a instituição da tabela de frete. O preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra.

Na primeira manifestação dos caminhoneiros, em fevereiro, houve desabastecimento de combustíveis, gás de cozinha e outros produtos em várias cidades do Nortão. Situação que deve voltar a ocorrer novamente com estes novos bloqueios.

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