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Caminhoneiros bloqueiam neste momento BR-163 em Lucas, Mutum e Sorriso; Sinop tem tráfego liberado

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que manifestantes voltaram a bloquear o tráfego para veículos de cargas não perecíveis na BR-163 em Lucas e Sorriso, neste domingo. O trânsito havia sido liberados em ambos os municípios por volta das 19 de ontem. A previsão era que houvesse um intervalo nos bloqueio entre as 11h e 13h, entretanto, as lideranças optaram por manter a pista interditada. Veículos de passeio, ônibus e carretas carregadas com cargas perecíveis estão passando. "Carretas carregadas com combustíveis somente passarão durante os intervalos do bloqueio. A gente liberou cerca de 100 carretas no final da manhã e agora não passa mais nada, até às 19h", afirmou um dos líderes do movimento em Sorriso. 

Nova Mutum também teve o tráfego liberado, ontem a noite, interditado esta manhã, e também não houve liberação parcial ao meio-dia. Em Sinop, após uma reunião, os caminhoneiros decidiram, por volta das 23h de ontem, desbloquear a rodovia, que permaneceu fechada durante todo o dia. Segundo um dos representantes do movimento no município, não há previsão de interdições para hoje, o que não significa, no entanto, “que a BR-163 não possa ser interditada novamente. A princípio será interditada somente amanhã às 7h”, ressaltou.

Em Rondonópolis, o tráfego foi liberado, no início da manhã de ontem, e não há confirmação de uma nova interdição hoje. Na capital do Estado, Cuiabá, a tropa de choque da PRF, em uma ação que contou com a presença de vários agentes e também o apoio de um helicóptero, liberou o trânsito na BR-364. De acordo com a assessoria, um disparo de gás lacrimogêneo foi feito entre os participantes do bloqueio, entretanto, ninguém ficou ferido. “Não houve necessidade de embate físico ou bala de borracha”, informou a assessoria.

No final da tarde, houve interdição também na BR-163 em Guarantã do Norte, onde os manifestantes queimaram pneus. A PRF ainda não confirmou se o bloqueio permanece.

Hoje completa 12 dias de manifesto dos caminhoneiros e as interdições afetam várias cidades do Nortão, que sofrem com a falta de combustíveis e outros produtos. Ainda faltam cerca de 65% da safra da região médio-norte para ser colhida, e há preocupação de produtores que temem prejuízos para o setor. Além disso, o bloqueio ocorreu, ontem, também na BR-163, em Campo Grande (MS), principal rota de entrada de cargas com destino ao Mato Grosso. 

Entretanto, a população tem apoiado o movimento. Conforme Só Notícias já informou, moradores e empresários de Sinop e Sorriso fizeram uma passeata, ontem a tarde, pelas principais avenidas das cidades, para demonstrar solidariedade ao protesto. Centenas de pessoas participaram.

Até o momento, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) se prontificou em rever os preços pagos dos fretes rodoviários de cargas, uma das reivindicações dos caminhoneiros. A confirmação foi feita pelo presidente da entidade, Carlo Lovatelli, que assumiu o compromisso de elevar os valores para níveis satisfatórios. O reajuste deve melhorar o valor dos fretes entre Sorriso até Rondonópolis. O valor ainda deve ser anunciado em breve pela associação.

Um dos principais pontos críticos, apontados pelo setor, são as tradings que estariam pagando valor abaixo da tabela de preço mínimo estabelecido pela Secretaria de Estado de Fazenda. Com isso, os caminhoneiros estariam tendo prejuízos e motivou o protesto. O governo também se comprometeu em realizar uma reunião com as principais tradings para discutir o valor do frete que está sendo pago aos caminhoneiros, abaixo do valor referencial divulgado pela Sefaz.

A outra reivindicação é em relação ao valor do óleo diesel. Em uma reunião anterior entre manifestantes e governo, o secretário Brustolin se comprometeu a avaliar a possibilidade de reduzir de 17% para 12% a alíquota do ICMS no combustível. Um dos avanços obtidos até o momento na negociação foi o congelamento da pauta fiscal que estabelece os Preços Médios Ponderados ao Consumidor Final (PMPF) do óleo diesel, por 15 dias, o que evitará impacto de 5,77% na base de cálculo do Imposto sobre ICMS.  

(Atualizada às 16h29)

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