Caminhoneiros ameaçam bloquear novamente rodovias, em Mato Grosso, a partir do dia 22 abril, caso governo não aprove a pauta de preços mínimo do frete cobrada por eles. A data foi estipulada quando o governo federal pediu um prazo para a análise. Houve ao menos dias reuniões com representantes dos caminhoneiros, parlamentares, técnicos e uma com o ministro de Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), semana passada.
O representante dos caminhoneiros no Mato Grosso e empresário, Gilson Baitaca, de Lucas do Rio Verde, informou que a intenção dos caminhoneiros durante a reunião era começar imediatamente o bloqueio, mas foi aceito o prazo inicial de 45 dias para o estudo das propostas do segmento. Inicialmente, haverá ações como ”adesivaço” e buzinaço nas estradas e, “se no dia 22 a pauta não for aprovada, a partir da meia-noite já haverá paralisação em vários pontos", disse, ao Só Notícias.
A pauta do preço mínimo considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. “Essa pauta não visa o lucro, então o valor apresentado é apenas das despesas” acrescenta o representante dos caminhoneiros. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 km, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$103,83. Hoje, conforme apresenta Baitaca, o valor é de R$ 90, na safra.
Conforme Só Notícias já informou, em Mato Grosso, as BRs-163/364 chegou a ter oito pontos de interdição em Rondonópolis, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Diamantino, Sorriso e Sinop, por 12 dias, em fevereiro. A cobrança também foi para baixar preço do óleo diesel, o que o governo continua irredutível. No Estado, houve 'congelamento' do índices do ICMS sobre os combustíveis por alguns meses. A manifestação dos caminhoneiros causou desabastecimento de combustíveis, gás de cozinha e outros produtos em várias cidades do Nortão.