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Caminhoneiro fala pela 1º vez sobre assassinatos de esposa e filhas em Sorriso; “morri junto com elas”

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Só Notícias/Kelvin Ramirez (foto: reprodução/SBT Comunidade)

O caminhoneiro Régis Cardoso, falou pela primeira vez sobre o assassinato de sua esposa, Cleci Cardoso, e das filhas, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, e outras duas, de 13 e 10 anos, que foram encontradas mortas no dia 27 de novembro do ano passado. Em entrevista ao SBT Comunidade, emocionado, falou sobre o momento difícil com as perdas, últimos momentos com a família e detalhou a angústia em não ter conseguido contato com elas, já que estava em viagem no Paraná no dia dos fatos.

“Antes eu tinha elas, trabalhava por elas, aí hoje você trabalha e não tem família mais. Não tem objetivo para trabalhar mais, eu vou e volto, não tenho minha casa, não tenho esposa, não tenho minhas filhas. Que graça tem viver desse jeito? Qual objetivo de viver desse jeito? Tenho minha família, minha sogra, mas não é a mesma coisa. Eu morri junto com elas, esse desgraçado acabou com minha vida também, me matou junto com elas, vou viver para que agora, qual o motivo se não tenho elas mais?”, disse.

“Eu falei com ela (Cleci) sexta-feira de tardezinha, no sábado mandei mensagem e não tive resposta. Quando foi no domingo eu vim embora viajando mandei mensagem de novo, o que tá acontecendo, vocês não me respondem eu estou ligando e vocês não atendem. Estão brabas comigo? Eu achei que ela tinha ficado brava comigo, porque ela perguntou se eu estava carregando para casa, eu falei ‘eu não. Vou fazer mais uma ou duas viagens aí eu vou embora’, eu achei que ela tinha ficado braba”.

Régis detalhou que ainda tentou contatos com a família no domingo e na segunda-feira de manhã (dia que foram localizados os corpos). “Quando foi no domingo à noite, tentando, tentando, eu até mandei mensagem, vou mandar a polícia ir aí. Para ver se elas me respondiam. Mandei mensagem (para um amigo) você está em Sorriso, ele falou que não estava. Quando terminei de falar com ele eu falei, vou ligar para a polícia”.

Ele relatou que chegou a ligar na escola segunda-feira para saber se as duas filhas (13 e 10 anos) estavam estudando. “Na segunda-feira de manhã ela vai me mandar mensagem (filha) falando que vai para escola, todo dia ela me mandava, às vezes na sala de aula antes dela entrar mandava. Liguei e perguntei, falaram que não estava. Já senti que tinha alguma coisa errada”, explicou.

No dia que foram localizados os corpos na residência, Régis disse que ligou para sogra ir até o local. “Foi quando eu mandei mensagem para minha sogra, mandei se a Cleci tinha ido na casa dela, que falou que tinha falado com ela apenas na sexta-feira. Liguei para polícia de novo ir lá, chegou lá e estava tudo do mesmo, ar-condicionado ligado, cachorros bravos”.

Após autorização, a Polícia Militar em conjunto com o Corpo de Bombeiros adentrou a residência e localizou as vítimas. Poucas horas depois, Gilberto Rodigues dos Anjos que trabalhava em uma obra ao lado, foi preso em flagrante pelos assassinatos. Três das vítimas foram mortas a facada e a menina de 10 anos por asfixia, além de terem sido estupradas, segundo a Polícia Civil.

Em tom de desabafo, Régis cobrou justiça. “Creio muito em Deus, espero que rápida (justiça) e certo, que esse cara nunca mais saía da cadeia, que pague o resto da vida dele”, concluiu em entrevista ao SBT Comunidade.

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