PUBLICIDADE

Cade abre processo para investigar empresas por cartel na Petrobras

PUBLICIDADE

Um total de 21 empresas e 59 funcionários e ex-funcionários de companhias que firmaram contratos com a Petrobras serão investigados por formação de cartel. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu hoje (22) processo de investigação das empresas que ficaram conhecidas pela participação no Clube das Empreiteiras, como ficou conhecido o grupo de companhias investigado pela Operação Lava Jato.

De acordo com o Cade, a soma dos valores dos contratos com a Petrobras com suspeita de fraude está estimada em, pelo menos, R$ 35 bilhões. Entre as obras com suspeita de atuação do cartel, estão as da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP); Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR); Refinaria Paulínia (Replan), em Paulínia (SP); Refinaria Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca (PE), e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ).

“De acordo com o parecer, há indícios robustos de que as empresas e pessoas físicas investigadas teriam celebrado acordos com a finalidade de fixar preços, dividir mercado e ajustar condições, vantagens ou abstenção em licitações de montagem industrial da Petrobras”, informou o Cade em comunicado.

Por meio do cartel, empresas concorrentes formam um conluio para ajustar preços, oferta e divisão de mercados, segundo o Cade. Nas licitações públicas, as empresas que prestam o serviço ou oferecem o produto podem manipular a concorrência para provocar prejuízo aos órgãos públicos contratantes, com aumento de preços, redução da oferta e diminuição de incentivos à inovação.

As empresas apontadas como participantes de conduta anticompetitiva são as seguintes: Alusa Engenharia (atualmente denominada Alumini Engenharia S.A.), Carioca Christiani Nielsen Engenharia, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Engevix Engenharia, Galvão Engenharia, GDK, Iesa Óleo e Gás, Jaraguá Equipamentos Industriais, Mendes Júnior, MPE Montagens e Projetos Especiais, Promon Engenharia, Schahin Engenharia, Skanska Brasil, SOG Óleo e Gás, Techint Engenharia e Construções, Tomé Engenharia e UTC. Também serão investigadas 59 pessoas físicas funcionários e ex-funcionários dessas empresas.

De acordo com o Cade, as investigações da Operação Lava Jato, o acordo de leniência assinado com a SOG Óleo e Gás e o termo de cessação de conduta assinado entre o Cade, a Camargo Corrêa e dois ex-funcionários da empreiteira, forneceram evidências da prática do cartel. “O conjunto probatório inclui trocas de e-mails, tabelas de divisão de obras licitadas, registros telefônicos que demonstram contato entre concorrentes, comprovantes de agendamento de reuniões, anotações manuscritas, documentos com termos do acordo, entre outros”, diz o comunicado do conselho.

A investigação começará pela Superintendência do Cade, que vai notificar os acusados para apresentarem a defesa e, depois de avaliar as provas, poderá recomendar a condenação ou o arquivamento do processo. Ao final da instrução, a superintendência remeterá o caso para julgamento pelo Tribunal Administrativo do Cade, responsável pela decisão final.

A Agência Brasil está tentando entrar em contato com as companhias envolvidas e, até agora, não obteve nenhuma resposta.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Mulher foge ao ver viatura, deixa casa aberta e policiais localizam tabletes de cocaína em Mato Grosso

Policiais militares do 10º Batalhão apreenderam quatro tabletes e...

Motociclista bate em lateral de ponte e morre em Mato Grosso

Um homem identificado como Sandovaldo Santos Alves, de 55...
PUBLICIDADE