Os índios da etnia Trumai Ararapan Trumai e Maitê Trumai, presos durante a operação Mapinguari, serão transferidos para o Departamento da Polícia Federal, na capital. Ambos estão em Sinop, no presído Ferrugem. Ontem, o magistrado da Vara Federal Julier Sebastião da Silva acatou o pedido da transferência. Ambos são suspeitos colaborarem com a exploração de madeira do Parque Nacional do Xingú (PIX), cuja madeira era vendida para madeireiros da região e fazendeiros.
Quanto ao estado de saúde de Ararapan, que sofre de cardiopatia, o magistrado pediu que a autoridade policial informe se haverá necessidade de removê-lo para uma unidade hospitalar.
O procurador da Fundação Nacional do Índio (Funai), César Augusto Lima do Nascimento, quer removê-los até a próxima segunda-feira. Caso hoje seja decretada a prisão preventiva (por tempo indeterminado) dos indígenas, o procurador deve pedir que a transferência seja estendida na prisão preventiva e em seguida, ingressar com habeas corpus.
Os índios são acusados de extraírem e venderem ilegalmente madeira do parque do xingú. Outros envolvidos com a operação também continuam no presídio Ferrugem. Uma mulher está na cadeia. Servidores do Ibama também são acusados de aprovarem planos de manejo florestal falsos para que a madeira fosse transportada e vendida.