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BR-364 bloqueada pelo 2º dia em MT; caminhoneiros querem 100% do Fethab nas rodovias

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O bloqueio da BR-364 que liga Mato Grosso a Mato Grosso do Sul e Rondônia completou 24 horas, esta manhã, sem previsão de ser liberado o transporte de produtos alimentícios, combustível, gás, soja, milho, eletroeletrônicos e centenas de outros produtos que estão em bitrens, carretas e caminhões parados ao longo da rodovia, em Cuiabá, na saída para Rondonópolis onde há grandes filas.

Os organizadores confirmaram que o protesto segue por tempo indeterminado. Carros, ônibus e carretas levando cargas vivas passam. Havia expectativa de, no horário do almoço, o tráfego ser "liberado geral", mas não se confirmou. O protesto também é feito em 22 rodovias em 7 Estados.

Uma das cobranças dos caminhoneiros é pela aplicação de 100% da arrecadação do Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab) nas rodovias mato-grossenses. O diretor do Sindicato das Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e região, Olmir Justino, explicou, ao Só Notícias, ser esperado um posicionamento mais contundente do governo, que ainda não se manifestou.

“Não queremos mais promessas, já estamos cansados. Já foi assinado inclusive um acordo para cumprimento de reivindicações junto ao governo do Estado, que não foram cumpridos, isso, inclusive na frente da imprensa. Mas até agora nada aconteceu”, afirmou o representante da entidade.

A mobilização dos caminhoneiros acontece a nível nacional. Entre outras cobranças, também destinadas ao governo federal, o diretor frisou melhores condições nas rodovias, redução no preço do óleo diesel, valorização da categoria e a possibilidade de aposentadoria com 25 anos de trabalho. “A intenção com essa mobilização é chamar atenção do governo e mostrar que o desenvolvimento desse país também depende dos caminhoneiros”, destacou.

O fundo é responsável por financiar o planejamento, a execução, o acompanhamento e avaliação de obras e serviços de transporte e habitação no Estado. Foi criado em 2000 pelo então governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira, e sua cobrança é feita sobre operações envolvendo soja, algodão, madeira, gado, entre outros.

Conforme Só Notícias já informou, os caminhoneiros e carreteiros que trancaram a rodovia em Cuiabá pretendiam liberar o tráfego, ontem, às 19h. No entanto, eles decidiram manter a principal rodovia que liga Mato Grosso a Mato Grosso do Sul bloqueada por tempo indeterminado. 

(Atualizada às 11:33h)

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