Os bombeiros encerraram, ontem, no final da tarde, as buscas pelo jovem que foi torturado, executado a tiros e supostamente jogado no rio Teles Pires, numa região conhecida como no salto Magessi, distrito de Boa Esperança do Norte (150 km da cidade de Sorriso), na última quinta-feira. Eles fizeram diversos mergulhos em trechos diferentes, mas não conseguiram localizá-lo. Além disso, os militares apontaram que as informações apresentadas na ocorrência podem não ser verdadeiras e com mais de 72 horas o corpo da vítima já deveria ter flutuado.
As informações do crime foram apontadas por um amigo da vítima, de 20 anos, que também confirmou que foi torturado, conseguiu se salvar ao pular no rio e ser levado pela correnteza. Em seguida, ele procurou ajuda no destacamento de Polícia Militar onde relatou o crime.
A versão é que, na última quarta-feira à noite, saiu com seu amigo para encontrar uma mulher e, ao chegar em um local escuro, foram abordados por três homens, imobilizados, amordaçados e levados até uma residência. Lá, foram agredidos e ameaçados. Os criminosos passavam a faca em suas orelhas e dedos falando que iriam arrancá-las.
Ainda segundo o jovem, os criminosos perguntaram se eles eram de alguma facção enquanto desferiam chutes nas costelas e no rosto. No dia seguinte, eles foram levados vendados e amordaçados para o Salto Magessi. Um dos jovens foi colocado de joelhos e, em seguida, executado. O que alega ter sobrevivido contou que viu, por baixo da venda que estava em seus olhos, enquanto um suspeito segurava seu amigo e o outro disparou. Em seguida, caiu no rio.
Posteriormente, os criminosos pegaram o outro jovem e levaram no mesmo lugar onde executou o primeiro. Porém, ao chegar perto da margem ele diz que se jogou no rio e foi levado pela correnteza. Ele conseguiu se desamarrar e buscar por socorro.
A polícia também apura outra parte da versão em que o sobrevivente alega que postou um vídeo nas redes sociais de apologia a uma facção criminosa. Uma mulher teria visualizado e perguntado se ele era integrante. Ele respondeu que não. Os policiais foram até a residência da mulher e ela confessou que encaminhou o vídeo para um integrante de uma organização rival. Os militares fizeram buscas, mas não localizaram o suspeito.