Quatro militares do Corpo de Bombeiros se deslocaram, com equipamentos, ao distrito de Boa Esperança do Norte, que fica a cerca de 150 quilômetros da cidade de Sorriso, e iniciaram as buscas no salto Magessi, pelo jovem que foi torturado e executado a tiros, ontem. Seu amigo, de 20 anos, que também foi torturado, conseguiu se salvar ao pular no rio e ser levado pela correnteza. Em seguida, ele procurou ajuda no destacamento de Polícia Militar onde relatou o crime.
A versão é que, na quarta-feira à noite, saiu com seu amigo para encontrar uma mulher e, ao chegar em um local escuro, foram abordados por três homens, imobilizados, amordaçados e levados até uma residência. Lá, foram agredidos e ameaçados. Os criminosos passavam a faca em suas orelhas e dedos falando que iriam arrancá-las.
Ainda segundo o jovem, os criminosos perguntaram se eles eram de alguma facção enquanto desferiam chutes nas costelas e no rosto. No dia seguinte, eles foram levados vendados e amordaçados para o Salto Magessi. Um dos jovens foi colocado de joelhos e, em seguida, executado.
O que alega ter sobrevivido contou que viu, por baixo da venda que estava em seus olhos, enquanto um suspeito segurava seu amigo e o outro disparou. Em seguida, caiu no rio.
Posteriormente, os criminosos pegaram o outro jovem e levaram no mesmo lugar onde executou o primeiro. Porém, ao chegar perto da margem ele diz que se jogou no rio e foi levado pela correnteza. Ele conseguiu se desamarrar e buscar por socorro.
O jovem procurou a polícia e disse que postou um vídeo nas redes sociais de apologia a uma facção criminosa. Uma mulher teria visualizado e perguntado se ele era integrante. Ele respondeu que não. Os policiais foram até a residência da mulher e ela confessou que encaminhou o vídeo para um integrante de uma organização rival. Os militares fizeram buscas, mas não localizaram o suspeito.