Um bebê de um ano e seis meses deu entrada na Santa Casa de Cuiabá, na madrugada de sábado (11), sob suspeita de ter sido agredido pelos pais. De acordo com a direção da unidade de saúde, a criança está com fraturas na clavícula e braço esquerdo e no fêmur direito. Seu estado de saúde é considerado grave, porém, estável. Familiares estão proibidos de visitar o bebê, que é acompanhado por conselheiros tutelares de Várzea Grande.
Na noite da última sexta-feira (10), a mãe e o padrasto levaram o menino até o Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), alegando que ele teria se engasgado com um pedaço de bolo. Porém, ao avaliar clinicamente a criança, a equipe médica de plantão constatou que ela tinha marcas de agressão pelo corpo e decidiu acionar a Guarda Municipal para acompanhar o caso.
A mãe e o padrasto foram interrogados pelos guardas municipais e entraram em contradição. Após insistência, a mãe acabou confessando que o marido é muito agressivo e maltratava a criança. Ao consultar o Conselho Tutelar local, foi constatado que já haviam denúncias de maus-tratos contra o casal.
Tanto a mãe, quanto o padrasto, foram ouvidos pelo delegado plantonista na Central de Flagrantes de Várzea Grande, onde também foi registrado um boletim de ocorrência. Mas, como não houve flagrante, ambos foram liberados. A criança chegou a ser socorrido inicialmente no Pronto Socorro, onde foi entubado e diagnosticado com diversas fraturas e hematomas pelo corpo. Mas, devido à gravidade de seu estado de saúde, a Central de Regulação do Estado foi acionada para conseguir uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A diretora superintendente da Santa Casa, Érica Carvalho informou, na tarde de ontem, que o estado do bebê continua sendo considerado grave, porém estável. “Entre a noite de sábado e a manhã de domingo ele apresentou uma leve melhora clínica. Estão sendo solicitados novos exames clínicos para ver se não há riscos de infecção e outros fatores que possam agravar seu estado de saúde”.
A criança passará por uma nova avaliação de um neurocirurgião e ortopedista nesta segunda-feira (13). Por enquanto, é mantida em coma induzido e respirando através de aparelhos. Conforme a direção do hospital, os parentes da criança só poderão vê-la após uma decisão judicial a respeito do caso.