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Bbom usa "laranja" para tentar sacar R$ 2,5 milhões bloqueados, diz MPF

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A Bbom (Embrasystem) tentou driblar o bloqueio judicial de seus bens, na semana passada, usando como "laranjas" um diretor da empresa e sua mulher, informou o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO). A empresa, que fornece rastreadores de veículos, é acusada de formação de pirâmide financeira. Em 10 de julho, a Justiça tinha determinado o bloqueio de bens da companhia. Foram incluídos mais de cem veículos, além de R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo.

Segundo os procuradores da República Hélio Telho e Mariane Guimarães, a BBom teria transferido R$ 2,5 milhões para a conta de Cristina Dutra Bispo, mulher do diretor de marketing do grupo, Ednaldo Alves Bispo. Na interpretação do MPF-GO, os dois seriam usados como laranjas na tentativa de burlar o bloqueio de bens e sacar o dinheiro.

O MPF entrou com uma ação cautelar, pedindo a suspensão da operação financeira. O pedido foi acatado pela Justiça Federal, e o saque do dinheiro foi impedido.

Em nota, a BBom afirmou que recorrerá junto ao Tribunal Regional Federal ainda nesta semana, e criticou a divulgação de informações sobre o processo por parte do Ministério Público.

O MPF incluiu o casal na lista de réus na ação civil pública contra a BBom.
Empresa é investigada por formação de pirâmide

A pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso.

Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.

Na Bbom, as pessoas que se associavam ao negócio eram remuneradas a partir da indicação de novos participantes. No ato da vinculação, havia um pagamento de R$ 60 para o cadastro e adesão no valor no plano escolhido, que variava de R$ 600 a R$ 3.000.

A BBom afirma trabalhar com marketing multinível, e não pirâmide financeira.

Na semana passada, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) e o Ministério Público de Goiás (MP-GO) moveram um ação civil pública pedindo o fim da Bbom e a reparação dos danos causados aos consumidores.

O MP informou que pediu a relação de nomes, valores pagos e dados pessoais de todas as pessoas que adquiriram pacotes ou realizaram pagamentos para a aquisição de rastreadores. O MP pediu, ainda, a condenação dos sócios da empresa.

"Apesar de ter vendido mais de um milhão de rastreadores, que geraram uma receita de mais de R$ 300 milhões, a empresa não adquiriu para a entrega sequer um décimo da quantidade do produto (de acordo com a principal fornecedora da BBom, foram importados apenas 69.114 rastreadores em 2013). Ao contrário, o grupo gastou mais de R$ 10 milhões em veículos de luxo das marcas Ferrari, Lamborghini e Mercedes, dentre outros, além de promover festas opulentas, e transferir cifras milionárias a contas pessoas do sócio João Francisco de Paulo e de outras pessoas", escreveram os membros do Ministério Público.

 

 

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