Em 12 meses, o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) prendeu 547 pessoas e aplicou mais de R$ 13 milhões em multas por crime ambiental. Ao todo, 670 animais foram resgatados e 99 armas de fogo e 1.227 munições foram apreendidas.
De janeiro a dezembro de 2017 foram apreendidas mais de cinco toneladas de pescado e 1.137 unidades de material de pesca (anzóis, caixa de pesca, chumbada, espinhel, gancho, molinete, rede, tarrafa e vara). Parte desta apreensão aconteceu durante o período da Piracema, que iniciou em outubro e encerrará em 31 de janeiro.
O Batalhão Ambiental atua no Estado de Mato Grosso, com sede em Cuiabá, e subunidades em Rondonópolis, Cáceres e Barra do Bugres, e tem por missão desenvolver atividade de policiamento e fiscalização ambiental, objetivando a proteção a fauna, flora, os recursos hídricos e florestais, das extensões de água e de mananciais, além de policiamento ostensivo geral, como forma de coibir os impactos ambientais.
O comandante do Batalhão, tenente coronel PM Rodrigo Eduardo Costa, ressaltou a importância da contribuição da sociedade em denunciar práticas de crimes ambientais.
“A sociedade pode ajudar denunciando maus tratos ou criação irregular de animais, ou ainda quaisquer ações que resultem em danos ao meio ambiente. Temos equipes 24 horas trabalhando em defesa da vida, protegendo o meio ambiente”, afirmou, por meio da assessoria.
Atualmente o Batalhão Ambiental desenvolve patrulhamento terrestre e fluvial, palestras de conscientização ambiental e exposição de animais taxidermizados (técnica de preservação da forma da pele, planos e tamanho dos animais), por meio do Centro de Educação Ambiental (CEA), realiza captura de animais silvestres, coordena operações nos municípios do interior e presta apoio a outros órgãos, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema).
Os animais resgatados, na maioria das vezes, possuem sequelas permanentes. No Centro de Triagem é feito o primeiro atendimento e depois são encaminhados aos hospitais veterinários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ou de uma universidade particular em Cuiabá.
As espécies de animais resgatados variam de acordo com o período do ano. Em período chuvoso, são mais comuns os resgates de serpentes, marsupiais e mamíferos. Já entre setembro e outubro, são mais frequentes os resgates de aves, que estão em fase de procriação, como as araras, papagaios, periquitos, que são os alvos mais escolhidos pelos traficantes.
De acordo com a assessoria da Polícia Militar, os policiais do Batalhão Ambiental, por meio do Centro de Educação Ambiental, ministraram palestras para aproximadamente 82 mil pessoas, entre estudantes de escolas estaduais, municipais e particulares, funcionários de empresas públicas e privadas, e em exposição de animais taxidermizados em eventos educativos. Estes eventos têm o intuito de fortalecer a conscientização ambiental, de maneira que o ouvinte da palestra seja um defensor ambiental, que respeite o local em que vive e entenda a importância do seu comportamento na preservação do meio ambiente.