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Banco de Perfis Genéticos identifica 1º criminoso sexual em série no Mato Grosso

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A primeira identificação de um suspeito de ter cometido crimes sexuais em série foi confirmada pelo exame de DNA, com o auxílio do Banco Nacional de Perfis Genéticos, em Mato Grosso. Trata-se de C.R.R. que também utilizava o nome de H.N.S., atualmente preso em Rondônia. Enquanto esteve foragido em Mato Grosso, ele cometeu quatro estupros. O primeiro foi em 2013 e outros três em 2015, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Entre as vítimas está uma criança de 11 anos de idade.

As informações genéticas de vestígios coletados nas vítimas foram confrontadas com o perfil de DNA do suspeito, a pedido da Delegacia de Defesa da Mulher, e tiveram resultado positivo. Conforme a administradora estadual do Banco de Perfis Genéticos em Mato Grosso, perita criminal Ana Cristina Lepinsk Romio, foi o primeiro registro de crime sexual serial solucionado pelo cruzamento de informações genéticas com outro Estado. “Com a prisão do acusado em setembro do ano passado em Rondônia, a delegada Eliane Moraes se deslocou até o Estado para acompanhar a coleta de material genético do suspeito e encaminhá-lo para a perícia, juntamente com a indicação dos casos em que houve o mesmo modus operandi’, explicou.

 A partir de então, o Laboratório Forense começou a separar, processar e comparar as amostras. Dois meses depois, as provas de que os crimes foram cometidos pelo mesmo autor começaram a ser confirmadas. O passo seguinte, segundo a perita, foi inserir o perfil do criminoso no Codis (sistema de indexação de DNA), e realizar as buscas no banco de dados nos estados que fazem parte da Rede Nacional de Banco de Perfis Genéticos, para localizar possíveis vestígios de outros crimes cometidos pelo suspeito. “As amostras de DNA estão custodiadas pela Politec, mas os crimes não estão esquecidos. É um trabalho silencioso e integrado que está dando respostas’’, comentou.

Em menos de um ano de sua implementação em Mato Grosso, o Banco de Perfis Genéticos já conta com 153 perfis inseridos, sendo 16 perfis de Restos Mortais Não Identificados, 109 de vestígios de local de crime, 19 de crimes sexuais e três amostras de referência de familiares de pessoas desaparecidas.

De acordo com o coordenador de Perícias em Biologia Molecular, Heitor Simões Dutra, a expectativa com a ampliação das buscas de criminosos por meio do Banco Genético é que a perícia contribua de forma mais efetiva e célere às investigações. “É uma tecnologia que vai além da investigação. Pois a sua atuação impede que um criminoso cometa outros crimes, permitindo a intervenção imediata, através do compartilhamento dessas informações com outros estados’’, relatou.

Crimes

Segundo assessoria, o criminoso tinha como principal prática o roubo e o estupro como delito secundário, sempre agindo sozinho. As vítimas relataram que foram atacadas em casa, por um homem que simulava pedir alguma informação ou água. Ele também utilizava veículos nas abordagens.

Em Mato Grosso, o suspeito estava com quatro mandados de prisão preventiva, sendo dois pela comarca de Cuiabá por dois estupros, e outros dois em Várzea Grande pelo estupro de uma mulher e uma criança. Em Rondônia, ele responde na Justiça por estupros e roubos praticados em Porto Velho, cometidos em 2009. Ele também tem processo na Justiça do Amazonas, pelo estupro de 23 mulheres em Manaus, além de roubos e um homicídio, praticado em 2012.

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