Os bancários do Banco da Amazônia decidiram ontem, após a rodada de negociações, manter a greve por tempo indeterminado. Em Mato Grosso, são 60 funcionários de três agencias paralisados, sendo as de Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres. Em Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde e Sinop, os cerca de 25 funcionários, não aderiram ao movimento. De acordo com os sindicatos que estão intermediando as reivindicações (Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Sindicato do Maranhão, Contraf-CUT e Fetec-CN) ainda há problemas que podem ser melhorados na contraproposta da instituição.
Segundo o Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro em Mato Grosso, a mesa de negociação será retomada segunda-feira. Dentre os problemas apontados pela comissão dos bancários está a questão da PLR, pois o banco oferece um montante de apenas 9% do seu lucro para dividir com os trabalhadores, enquanto que demais bancos federais como o BNB, por exemplo, chegaram a um montante de 14%. Além disso, o Banco da Amazônia se recusa a seguir o acordo da Fenaban na forma de distribuição da sua PLR.
A categoria também reivindica valorização do piso salarial, já que os 11% oferecidos pela instituição eleva o piso para o patamar de R$ 1.250,00, enquanto que nos demais bancos federais o piso reajustado na Campanha Nacional 2010 chega a R$ 1.600,00, aprovação de um indicativo para a discussão do novo Plano de Cargos e Salários (PCS), assim como um acordo referente a cláusulas de saúde e segurança dos trabalhadores, sobretudo no que se refere ao combate ao assédio moral, conforme foi aprovado na mesa da Fenaban.