A greve foi aprovada por unanimidade em assembleia geral realizada pela categoria, ontem à noite, em Cuiabá. A paralisação dos serviços está marcada para iniciar na próxima terça-feira (6) e deve atingir unidades bancárias de pelo menos 94 municípios do Estado. Sinop está entre estas cidades que vão aderir ao movimento.
A categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação; piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários e auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
No entanto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propõe reposição salarial de 6,5%. “A proposta representa apenas 68% da inflação (INPC projetado em 9,57%), o que significa uma perda salarial de 2,80%. E ainda insistem na política de abono que tanto prejudicou a categoria nos anos 1990. Além de ser uma proposta insuficiente, questões importantes, como garantia de emprego, saúde e condições de trabalho foram ignoradas pelos patrões”, avaliou o presidente do sindicato estadual e integrante do Comando Nacional, Clodoaldo Barbosa.
Em Sinop são 11 agências e o diretor regional do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Marcos Saltarelli, afirmou que os 300 bancários devem aderir à greve. “Eles deram uma proposta muito inferior à reposição. Haverá apenas o autoatendimento, trabalho interno e atendimento aos aposentados. Nosso poder de compra enfraqueceu durante este período. Os bancos têm como repor pelo menos a inflação aos funcionários”, disse Saltareli, ao Só Notícias.