A categoria se reúne, hoje para debater o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). A classe não concorda com os 5% anunciados pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), já depositados na folha maio. O presidente do Sindicato dos Auditores do Município de Cuiabá, Sebastião Ubirajara, relata que a prefeitura não considerou o valor integral estabelecido aos servidores municipais que toma como ano base o acumulado da inflação entre maio de 2015 e abril de 2016, que deveria ser de 9,83%.
"Contudo, o prefeito não faz menção de quando serão pagos os 4,83% restante. Vamos oficializar um pedido para que este residual seja incrementado à folha de pagamento até agosto deste ano, antes que ocorram as eleições municipais", informou Sebastião Ubirajara.
O presidente disse também que foi formada uma comissão de servidores, eleitos em assembleia geral realizada nesta quinta-feira, dia 2. O grupo tem a responsabilidade de acompanhar negociações junto à prefeitura de Cuiabá. "Por ora, ainda não vamos tomar nenhuma medida drástica, como greve ou algo do tipo, enquanto o prefeito Mauro Mendes não se manifestar sobre os 4,83% que restam à RGA deste ano".
Outro lado – o secretário de Comunicação e Governo, Kleber Lima, informou que, de fato, a previsão de RGA para os servidores do município de Cuiabá é de 9,83%, conforme acumulado da inflação entre maio de 2015 e abril de 2016, contudo, o município não tem condições de pagar este valor em razão da queda na arrecadação.
Lima pontua que o valor de 5% foi comunicado a todos os servidores e que a prefeitura está aberta à negociações, caso os servidores apresentem uma proposta para aumentar a arrecadação. "Se tivéssemos condições teríamos pago o valor integral de 9,83% já em maio. Mas a crise está em todo o país".
Por outro lado, Kleber Lima salienta que os auditores já serão favorecidos na folha de pagamento com um reajuste de 16,38%, conforme foi concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal, que passam a ter um salário de R$ 39,293 mil.
O secretário explica que o salário base dos auditores equivale a 70% do salário dos ministros do STF. O parâmetro é estabelecido pela Constituição Federal, que estabelece o salário dos ministros como teto aos servidores públicos no Brasil, nas três funções administrativas da República.
Sendo assim, os auditores recebem hoje R$ 27,300 mil. Se considerar os 5% da RGA mais 16% do aumento no STF, o salário inicial de um auditor na prefeitura de Cuiabá passa a ser de R$ 33,033 mil mensais.