A Associação das Empresas Loteadores (Aelos) protocolou, no Ministério Público Estadual, e na prefeitura, um pedido de providências sobre supostas invasões e comercializações de áreas verdes e de preservação permanente no município. A denúncia aponta irregularidades nos bairros Jardim Novo Estado, Santa Rita, Novo Horizonte e Jardim dos Ipês.
O presidente da Aelos, Tiago Trevisol, explicou, ao Só Notícias, que há suspeita de pessoas “lucrando” com a venda de terrenos irregulares. “No bairro Jardim dos Ipês, por exemplo, não eram pessoas necessitadas invadindo as áreas. Se tratava de um negócio. As áreas verdes foram loteadas e vendidas. Em alguns casos, as ruas foram nomeadas e houve ligação de água e energia”.
De acordo com Trevisol, o objetivo da denúncia é desmotivar futuras invasões. “A gente se preocupa em regularizar um loteamento antigo. Quando consegue, surgem outros dez para regularizar. A gente quer providências, senão acaba incentivando as pessoas a invadirem estas áreas. Acaba criando um problema social. Denunciamos novas invasões que estão ocorrendo, mas a gente tem denúncias de casos mais antigos, como, por exemplo, nos fundos do bairro Boa Esperança”.
A promotora Audrey Ility recebeu a denúncia e instaurou um inquérito para apurar o caso. No documento que instaurou o procedimento investigativo, é apontado que a prefeitura encaminhou documentação que comprova manejo de ação de reintegração de posse apenas no caso do Jardim dos Ipês, sem se manifestar sobre possíveis irregularidades nos demais bairros.
A promotora deu um prazo improrrogável de 20 dias para a prefeitura se manifestar sobre o pedido de providências. O prazo para conclusão do inquérito não foi informado.